Com "bicicletadas", ativistas do ciclismo declaram guerra aos "monstroristas" RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO "Monstroristas", "mautoristas", "frustrados que compraram carro para respirar fumaça", "covardes". É assim que ciclistas engajados na defesa do uso de bicicleta como meio de transporte urbano chamam motoristas de carros, ônibus e afins.
O atropelamento de ciclistas em Porto Alegre na semana passada acirrou os ânimos desse grupo, que reagiu com "bicicletadas" de protesto.
O paulistano Renato Zerbinato, 34, se envolveu com o cicloativismo há dois anos, após se mudar para Brasília, cidade que define como "extremamente hostil" aos ciclistas devido às vias rápidas.
Ele vê uma "guerra velada" entre ciclistas e motoristas, que, reclama, não costumam respeitar a distância de 1,5 m do ciclista e o direito de bicicletas e carros dividirem a pista, previstos no Código Brasileiro de Trânsito.
Outra bandeira dos cicloativistas é que atropelamentos não sejam divulgados como acidentes, mas como incidentes ou até homicídios.
Zerbinato diz que foi atropelado cinco vezes, três por insistir em pedalar na rua e não colado ao meio-fio.
A jornalista Lívia Araújo, 32, integra o grupo Massa Crítica, que sofreu a agressão em Porto Alegre. Ela diz que sentiu maior solidariedade por parte dos motoristas, mas também já ouviu piadas. "Passam pela gente gritando "strike" ou "atropela'", conta. ANJOS
A estilista Ana Vivian, 24, de Florianópolis, define o "monstrorista" como alguém que "usa a carcaça metálica para causar medo e punir o mais frágil". Ela diz que a figura não é regra no trânsito, mas os agressivos já deixam marcas. "Aquele que te xingou é que estraga teu dia."
O consultor João Paulo Amaral, 24, criou com amigos de São Paulo o Bike Anjo, que dá "aulas" gratuitas de comportamento para ciclistas na cidade grande: o "anjo da guarda" acompanha iniciantes e dá dicas de segurança.
Ele diz que criou o grupo motivado pelo atraso do poder público em preparar a cidade para o ciclista.
DE SÃO PAULO "Monstroristas", "mautoristas", "frustrados que compraram carro para respirar fumaça", "covardes". É assim que ciclistas engajados na defesa do uso de bicicleta como meio de transporte urbano chamam motoristas de carros, ônibus e afins.
O atropelamento de ciclistas em Porto Alegre na semana passada acirrou os ânimos desse grupo, que reagiu com "bicicletadas" de protesto.
O paulistano Renato Zerbinato, 34, se envolveu com o cicloativismo há dois anos, após se mudar para Brasília, cidade que define como "extremamente hostil" aos ciclistas devido às vias rápidas.
Ele vê uma "guerra velada" entre ciclistas e motoristas, que, reclama, não costumam respeitar a distância de 1,5 m do ciclista e o direito de bicicletas e carros dividirem a pista, previstos no Código Brasileiro de Trânsito.
Outra bandeira dos cicloativistas é que atropelamentos não sejam divulgados como acidentes, mas como incidentes ou até homicídios.
Zerbinato diz que foi atropelado cinco vezes, três por insistir em pedalar na rua e não colado ao meio-fio.
A jornalista Lívia Araújo, 32, integra o grupo Massa Crítica, que sofreu a agressão em Porto Alegre. Ela diz que sentiu maior solidariedade por parte dos motoristas, mas também já ouviu piadas. "Passam pela gente gritando "strike" ou "atropela'", conta. ANJOS
A estilista Ana Vivian, 24, de Florianópolis, define o "monstrorista" como alguém que "usa a carcaça metálica para causar medo e punir o mais frágil". Ela diz que a figura não é regra no trânsito, mas os agressivos já deixam marcas. "Aquele que te xingou é que estraga teu dia."
O consultor João Paulo Amaral, 24, criou com amigos de São Paulo o Bike Anjo, que dá "aulas" gratuitas de comportamento para ciclistas na cidade grande: o "anjo da guarda" acompanha iniciantes e dá dicas de segurança.
Ele diz que criou o grupo motivado pelo atraso do poder público em preparar a cidade para o ciclista.