quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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Moradores de rua protestam por políticas públicas em Vitória

Moradores de rua protestam por políticas públicas em Vitória

"Durante anos nós ficamos invisíveis, e nós queremos visibilidade", um ex-morador de rua que participou de uma manifestação nesta terça-feira na Capital capixaba

Letícia Gonçalves - gazeta online

foto: Letícia Gonçalves
Os moradores de rua Antônio Ermírio, Luan Martins, Dione Carolino e Luis Fernando Oliveira, dizem que não têm oportunidades no mercado de trabalho
Os moradores de rua Antônio Ermírio, Luan Martins, Dione Carolino e Luis Fernando Oliveira, que vivem em Vitória, dizem que não têm oportunidades no mercado de trabalho

Há treze anos o jovem Antônio Ermírio Chaves, 23, vive nas ruas de Vitória. Ele conta que a família morreu quando ele ainda era criança e que, desde então, dorme em praças e calçadas. Antônio vive em um círculo do qual não consegue se desvencilhar. Por não ter moradia fixa, ele não consegue trabalho. Por não ter fonte de renda, não pode sair das ruas.

"Eu tenho um curso de mecânico, porém ninguém oferece emprego pra gente por sermos moradores de rua. A gente fica o dia inteiro andando, pede comida na casa dos outros. Já fui ameaçado várias vezes, já apanhei na porta de algumas pessoas, já apanhei de policia", conta.

O rapaz foi uma das cerca de 200 pessoas que participaram de uma manifestação nesta terça-feira (08) em Vitória, que contou com moradores e ex-moradores de rua. O coordenador do Movimento Nacional da População de Rua, Anderson Lopes Miranda, 34 anos, diz que o objetivo é divulgar o movimento e chamar a atenção para a necessidade de políticas públicas para quem vive em situação de rua.

"Esse movimento é em busca de políticas públicas. Durante anos nós ficamos invisíveis e nós queremos visibilidade. Dizer que nós somos cidadãos e merecemos políticas públicas voltadas para nós", afirma. Entre essas políticas ele cita as que fazem parte de setores como habitação, trabalho, saúde, esporte e direitos humanos, além da área da assistência social, a única que, de acordo com ele, promove ações para os moradores de rua atualmente no país.

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Hoje ex-morador de rua, o coordenador, que é de São Paulo, já passou um período no Espírito Santo. "Eu morei 16 anos na rua. Hoje eu tenho emprego, tenho casa, tenho família. É tudo uma questão de oportunidade e de olhar para a gente", avalia.

foto: Letícia Gonçalves
Manifestação de moradores de rua no Centro de Vitória
Manifestação de moradores e ex-moradores de rua no Centro de Vitória

Entre os manifestantes havia até crianças. Um menino de 15 anos - que não será identificado - conta que saiu da casa em que vivia com a mãe, o padrasto e sete irmãos e há pouco mais de um mês passa as noites sob marquises em São Torquato, Vila Velha.

"Meu padrasto me 'esculacha' e ele tem um revólver em casa, por isso eu vivo na rua. Eu durmo, uso thinner (um tipo de solvente químico) e cigarro. Minha mãe está em casa, não sei o que ela está fazendo, ela não me procura".

Ex-moradora de rua, Aldineia Souza Rocha, 31 anos, diz que as relações familiares influenciam no destino de jovens como esse. "Isso começa na família, que rejeita, que maltrada o jovem. Aí ele vai para a rua e na rua é acolhido por quem se diz amigo dele, então ele vai ficando".

Ela destaca que a situação dos moradores de rua no Estado é sofrível. "A situação da população de rua no Espírito Santo é precária. Eles não são socorridos pelo Samu, não têm direito à saúde, nem à dignidade. Quando as pessoas veem um morador de rua dizem 'olha, lá vem um ladrão', isso não é verdade. A gente quer mostrar que somos seres humanos".

Situação de rua

foto: Fabio Machado/ AG
Morador de rua
Foto de 2008 retrata a situação de moradores de rua na Grande Vitória

A assessora técnica da Gerência de População de Rua de Vitória, Gilderlandia Silva Kunz, explica que nem sempre quem está em logradouros públicos é morador de rua.

"Nem todo mundo que está na rua é de rua. Muitas pessoas vêm para as ruas para buscar uma forma de sobrevivência, entre elas há trabalhadores, como malabaristas, catadores de material reciclável e flanelinhas. Eles estão em situação de rua, mas voltam para suas casas à noite. Os moradores de rua são os que pernoitam".

De acordo com a assessora técnica, em Vitória há 160 pessoas em situação de rua e 50 moradores de rua propriamente ditos. Ela diz que um levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, feito em 2008, apontava a existência de 700 pessoas em situação de rua na região metropolitana de Vitória.

Ainda, segundo o ministério, o Brasil tem 39 mil moradores de rua, mas a estimativa do movimento nacional é de esse número seja de 50 mil pessoas.

Manifestação

A manifestação desta terça partiu da Prefeitura de Vitória, em Bento Ferreira, e seguiu até o Palácio Anchieta, no Centro. Durante o protesto eles lembraram o assassinato de uma moradora de rua que ocorreu em agosto deste ano. Identificada apenas como Marina, ela foi morta a pedradas próximo à escadaria Maria Ortiz, que dá acesso à sede do governo estadual, e.

m agosto deste ano. De acordo com o delegado Orly Fraga Filho, da Divisão de Crimes Contra a Vida de Vitória, 16 moradores de rua foram assassinados na cidade somente em 2010

     

 

     

 

Anderson Lopes MirandaCoordenador Nacional.
Movimento Nacional da População de Rua
011 7603-8719, 7551-3218

011 2111-1864 com.

 


 

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Últimos exemplares!

Michel Foucault
Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável! Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que, a partir disso, é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal. §§§ Brochura com 130 páginas, no formato 14x21cm.

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Ad students protest in London. Anarchist point of view! Brown Cards to student ochlarchists, i.e. ultra-authoritarian extremist marxists, rioters and provocateurs falsely using the anarchist @-sign & flags, and CNN, Associated Press and more...

Ad students protest in London, Conservative HQ attacked. Brown Cards
to student ochlarchists, i.e.
ultra-authoritarian extremist marxists, rioters and  provocateurs
falsely using the anarchist @-sign & flags, and CNN, Associated Press
and more - Anarchist point of view!

A group of demonstrators broke into the headquarters of Britain's
governing capitalist Conservative Party in London Wednesday,
spray-painting anarchy symbols and setting off flares before being
forced out of the building. They went on to set fires outside the
building. The violence came during a largely peaceful protest by
students against government plans to allow universities to increase
tuition fees. Students and university staff are protesting against
government plans to allow universities to charge up to 9,000 pounds
(about $14,500) per year in tuition fees -- a substantial rise from
the current cap of 3,000 pounds (about $4,800).The National Union of
Students said 40,000 demonstrators were on the streets. The Anarchist
Federation and anarchists in general support the protest against this
hike in tuition fees, but not the ochlarchy, i.e. mob rule broadly
defined, and riots.

The Interntional Anarchist Tribunal, IAT-APT, hands out  Brown Cards
the student ochlarchists, i.e. ultra-authoritarian extremist marxists,
rioters and  provocateurs falsely using the anarchist @-sign, trying
to put the blame for the ochlarchy on anarchists. The Brown Cards mean
expulsion from the anarchist movement for these provocateurs. The
rioting students were anti-capitalists, i.e. socialists, and
significant ochlarchical, i.e. ultra-authoritarian and extremists. All
authoritarian socialists are marxists, not anarchists, and thus the
rioters were marxists, extremists, and not anarchists. CNN also gets a
Brown Card for spreading the disinformation and lie, that anarchists
were behind the ochlarchy and riots. NB! The rioters were marxist
extremists, not anarchists!

Associated Press reported "Office workers were evacuated as several
dozen demonstrators managed to get into the lobby, scattering
furniture, smashing CCTV cameras, spraying graffiti and chanting
"Tories Out," while outside police faced off against a crowd that
occasionally hurled food, soda cans and placards. Anarchist symbols
and the words "Tory scum" were spray-painted around the building, and
black and red flags flew from atop an office block beside the 29-story
Millbank Tower," and also gets a Brown Card, and Brown Cards are also
handed out to all newsmedia quoting AP in this matter. In fact no
anarchists participated in the ochlarchy, only marxist provocateurs
falsely using anarchist flags and symbols, making an ochlarchical
mockery of direct action and trying to put the blame of the vandalism
on anarchists. Nobody takes ochlarchists seriously, it is just a
police matter, criminality, which anarchists are against. Ochlarchy
does not work in libertarian direction, only for the authoritarian and
more of it. Demonstrate with dignity - not ochlarchy, use real matter
of fact arguments and add weight behind via direct actions, mass
actions, and via elections. 10.11.2010.

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