terça-feira, 19 de abril de 2011
Viva a diferença!!!
Cabaret erótico estreia hoje no CCBB Simbologias do inferno de Dante, Sade e Brecht amparam musical cujo repertório parte do tema do amorEspetáculo surgiu a partir da adaptação de canções como "Let's Misbehave" e "Just a Gigolo"
Beto Riginik/Divulgação |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Perucas de cabelos eriçados, corseletes apertados, uma ou outra referência sadomasoquista. Cabaret Luxúria, que estreia hoje no Centro Cultural Banco do Brasil, definitivamente não é para menores.
Erótico até o cotovelo, o espetáculo debocha do velho moralismo sexual, costurando a retórica abrasiva pela veia erudita de grandes obras literárias.
As simbologias do inferno vêm de Dante Alighieri, Marquês de Sade, Bertolt Brecht e outros que compilaram representações da besta.
Só que, segundo Rachel Ripani, a autora, esse retrato do inferno parte para questões mais ligadas ao amor.
Mephisto, a mesma figura mitológica que provoca Fausto, de Goethe, aparece como anfitrião. Quem o interpreta é Bruno Perillo, do grupo Folias d"Arte, que assina a direção com Helen Helene.
A dramaturgia de Ripani tem como ponto de partida o repertório reunido em torno de um tema: o amor. Ou seja, os números musicais foram escolhidas antes de o texto ganhar forma, o que aproxima o espetáculo do formato de um cabaré. CANÇÕES DA ALCOVA
O primeiro passo foi compor versões para o português das músicas estrangeiras. "Let's Misbehave", de Cole Porter, por exemplo, vem com o título "Vamos Gozar".
A apresentação inclui ainda "Eu Sou um Gigolô" ("Just a Gigolo", de Leonello Casucci e Julius Brammer) e "Tango de Nancy" (de Edu Lobo e Chico Buarque).
Além de assinar o texto, Ripani interpreta Justine, personagem de Sade que passa por uma iniciação sexual sem precedentes. É o primeiro texto da atriz, que hoje integra também o elenco do musical "Mamma Mia!", no teatro Abril.
Para compor uma banda típica de cabaré, Ripani chamou cinco musicistas que também migram de espetáculos da Broadway paulistana. O show acontece ao som de piano, trombone, contrabaixo, bateria e violino.
O espetáculo tem ainda Rosi Campos no elenco, que canta "Atrás da Porta", de Chico Buarque, sincronizada com a interpretação de Ripani para "Ne me Quitte pás" (Jacques Brel), um dos pontos altos desse musical. CABARET LUXÚRIA QUANDO terças, quartas e quintas, às 19h30
ONDE Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112; tel. 3113-3651)
QUANTO R$ 6 (grátis hoje, amanhã e às quintas)
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
Matar Gay, pode...
ALÍVIO PARA BOLSONARO A Corregedoria da Câmara deve inocentar o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) da acusação por quebra de decoro. O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) revelou a interlocutores que acredita quando Bolsonaro diz que entendeu errado a pergunta de Preta Gil no programa "CQC" -pensou que ela questionava se seu filho namoraria um gay, e não uma negra. "Tem sentido. Se tivesse entendido, ele não responderia daquela forma", afirmou o corregedor a pessoas de sua confiança. Fonte não se manifesta oficialmente.
Travesti é perseguido e morto na Paraíba
Jovens são acusados de matar rapaz com chutes e facadas em Campina Grande; adolescente diz que queria se vingar Dois suspeitos foram presos e outros dois continuavam foragidos; câmera de trânsito gravou cenas do crime NATÁLIA CANCIAN
DE SÃO PAULO
SÍLVIA FRIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE CAMPO GRANDEPelo menos três jovens perseguiram, agrediram e mataram um travesti a facadas em uma rua na região central de Campina Grande, a 121 km de João Pessoa. O crime foi registrado pelas câmeras da companhia de trânsito da cidade na madrugada da última sexta-feira.
Nas imagens, os rapazes descem de um carro escuro e começam a perseguir o travesti Daniel de Oliveira Felipe, 24, que é agredido com chutes e recebe mais de 30 facadas. Em seguida, o carro volta, pega os jovens e parte.
A polícia identificou quatro suspeitos de participar do crime. Dois deles, um jovem de 17 anos e seu irmão, de 42, estão detidos. Os outros dois, que têm entre 20 e 25 anos, estavam sendo procurados até o fim da tarde de ontem.
Segundo a delegada Cassandra Duarte Guimarães, responsável pelo caso, o adolescente confessou ter planejado o assassinato por vingança. À polícia, o jovem disse que Felipe havia lhe roubado, dias antes, R$ 800 que seriam usados em um programa com uma prostituta.
O jovem e o irmão foram detidos na casa dos pais. O irmão negou participação no crime. A Folha não localizou o defensor do adolescente. CAMPO GRANDE
Em Campo Grande (MS), um rapaz de 21 anos foi atacado na saída de uma boate gay também na madrugada de sexta-feira. Ele esperava para pegar um táxi com amigos quando um grupo de jovens saiu de um carro e começou a correr atrás deles.
Segundo o rapaz, que não quis ser identificado, ele tropeçou e caiu. Nesse momento, os jovens o agrediram com chutes no rosto, nas costas e no tórax.
DE SÃO PAULO
SÍLVIA FRIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE CAMPO GRANDEPelo menos três jovens perseguiram, agrediram e mataram um travesti a facadas em uma rua na região central de Campina Grande, a 121 km de João Pessoa. O crime foi registrado pelas câmeras da companhia de trânsito da cidade na madrugada da última sexta-feira.
Nas imagens, os rapazes descem de um carro escuro e começam a perseguir o travesti Daniel de Oliveira Felipe, 24, que é agredido com chutes e recebe mais de 30 facadas. Em seguida, o carro volta, pega os jovens e parte.
A polícia identificou quatro suspeitos de participar do crime. Dois deles, um jovem de 17 anos e seu irmão, de 42, estão detidos. Os outros dois, que têm entre 20 e 25 anos, estavam sendo procurados até o fim da tarde de ontem.
Segundo a delegada Cassandra Duarte Guimarães, responsável pelo caso, o adolescente confessou ter planejado o assassinato por vingança. À polícia, o jovem disse que Felipe havia lhe roubado, dias antes, R$ 800 que seriam usados em um programa com uma prostituta.
O jovem e o irmão foram detidos na casa dos pais. O irmão negou participação no crime. A Folha não localizou o defensor do adolescente. CAMPO GRANDE
Em Campo Grande (MS), um rapaz de 21 anos foi atacado na saída de uma boate gay também na madrugada de sexta-feira. Ele esperava para pegar um táxi com amigos quando um grupo de jovens saiu de um carro e começou a correr atrás deles.
Segundo o rapaz, que não quis ser identificado, ele tropeçou e caiu. Nesse momento, os jovens o agrediram com chutes no rosto, nas costas e no tórax.
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