sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Skinheads em Curitiba

Grupo de skinheads matou jovem no 
Largo da Ordem

Janaina Monteiro do Paraná Online

A polícia confirmou que skinheads (carecas nazistas) foram responsáveis pelo assassinato de Lucas Augusto de Carvalho, 18 anos, morto a facadas no bairro São Francisco.

De acordo com uma testemunha, ouvida na manhã de ontem, na Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), um dos integrantes do bando usava uma jaqueta de couro com a suástica, adotada pelo nazismo.

O crime foi praticado por volta das 19h de domingo, numa região bastante movimentada e com muitos bares. O bando de 10 a 12 carecas, vestidos de preto e aparentando serem maiores de idade, estava na frente de um shopping e começou a implicar com o grupo de Lucas, que estava acompanhado de um primo e quatro amigos.

“Gangues costumam se reunir em frente ao shopping, aos domingos. Os skinheads devem ter implicado com os jovens, porque estavam vestidos como roqueiros e tinham cabelos compridos”, informou o delegado Vinícius Borges Martins. Os skinheads também costumam pregar a intolerância contra estrangeiros, homossexuais e negros.

Os agressores começaram a perseguir os rapazes. Lucas e um colega subiram a Rua Inácio Lustosa, enquanto o primo e os outros jovens correram em outra direção. Quando Lucas e o amigo estavam na frente da ParanaPrevidência, onde funcionam os juizados especiais cíveis, foram atacados pelos carecas.

“Os amigos voltaram para procurar os dois e encontraram Lucas caído. O amigo dele também foi golpeado, mas a facada acertou o agasalho dele. Fora Lucas, que tinha completado 18 anos na sexta-feira e morava em Curitiba, os outros rapazes eram menores de idade e residiam em Pinhais”, contou o delegado.

Como a vítima teve a carteira e o celular roubados, o crime foi registrado como latrocínio e encaminhado à Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). Porém, o delegado Martins concluiu que se trata de homicídio e encaminhará o caso à delegacia especializada. Imagens de câmeras instaladas em frente ao shopping e perto da ParanaPrevidência vão ajudar a identificar os assassinos.

Martins adiantou que será averiguado se os skinheads que mataram Lucas têm ligação com os assassinos do casal Bernardo Dayrell Pedroso, 24, e Renata Waechter Ferreira, 21, no ano passado, em Campina Grande do Sul, ou com outros grupos que costuma agir no centro.

Família

Parentes de Lucas foram ouvidos na manhã de ontem na DFR. A mãe dele, Eliane Gorete da Silva, disse que era costume o filho ir ao shopping com os amigos. “Foi pura maldade”, disse.

Corrida

Lucas morava com Eliane, no Sítio Cercado, e trabalhava em Araucária, onde mora o pai. O tio da vítima, Daniel Marques, contou que seu sobrinho comemorou o aniversário em sua casa, em Pinhais. “Ele passou o fim de semana lá em casa e, no domingo, foi com meu enteado e os amigos passear em Curitiba”.

Sexta-feira, 10 de Setembro de 2010 – 11:16 hsDeixe um comentário.

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Patrícia Galvão (1910-1962) - PAGU

São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2010 


Monólogo cria encontro íntimo entre Pagu e os espectadores

"Dos Escombros de Pagu" resgata utopias da escritora e jornalista

GABRIELA MELLÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA 

Augusto de Campos fez uma provocação ao escrever em sua "Antologia Poética": "Quem resgatará Pagu?".
Questionava o silêncio existente em torno da escritora e jornalista Patrícia Galvão (1910-1962), que lutou contra a ditadura, foi a primeira presa política do Brasil e, com encantos que fizeram dela a musa dos modernistas, roubou Oswald de Andrade de Tarsila do Amaral.
"Temos uma dívida com Pagu", diz a historiadora Tereza Freire que, ao lado do diretor Roberto Lage e da atriz Renata Zhaneta, apresenta "Dos Escombros de Pagu", monólogo adaptado de sua tese de doutorado.
O espetáculo é concebido como um encontro íntimo entre Pagu e os espectadores.
"É como se ela voltasse para dar seu depoimento, já com um entendimento do que passou", explica Renata.
A atriz vive Pagu e, assim como ela, nasceu no interior, cresceu em Santos, foi comunista ferrenha e entendeu a arte como "uma trincheira poderosa de reforma social".
"Pagu estava à frente de seu tempo. Nos anos 1920 brigava não pelo voto feminino, mas pelo direito ao voto. Sua luta foi ampla", diz Lage.
Ao mesmo tempo em que resgata a memória de Pagu, a peça relembra a importância da utopia. "O maior legado de Pagu é a crença no sonho que busca transformação.
Não dá para sonhar só com a casa própria", diz Renata.

DOS ESCOMBROS DE PAGU
QUANDO qua. e qui., às 21h.
ONDE Teatro Eva Herz - Livraria Cultura (av. Paulista, 2.073, tel. 0/xx/11/3170-4059)
QUANTO R$ 30
CLASSIFICAÇÃO 14 anos

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