quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tombamento do Belas Artes será votado na terça-feira

Secretário de Cultura e prefeito Kassab são favoráveis à medida

"O assunto é urgente", diz Carlos Augusto Calil sobre o cinema; proprietário pediu devolução do imóvel 

ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO 

Na tarde de ontem, foi tomada a primeira medida efetiva contra o fechamento do Cine Belas Artes, que funciona como cinema, na esquina da av. Paulista com a rua da Consolação, desde 1943.
Uma entidade civil protocolou na prefeitura o pedido de tombamento do edifício.
Diante do documento, o secretário municipal de Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil, tomou uma decisão: a demanda será levada a votação já na próxima reunião do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp), na terça-feira, dia 18.
"O assunto é urgente", diz Calil. "Um patrimônio está em risco. O Conpresp é soberano, mas eu e o prefeito defendemos o tombamento."
Essa primeira votação diz respeito à abertura do processo. Caso os conselheiros acatem o pedido, terá início um estudo de avaliação e, depois disso, há nova votação.
"Durante o processo, várias restrições começam a valer", explica Calil. "Não se pode, por exemplo, alugar o local sem autorização do departamento de Patrimônio."
Gilberto Kassab recebeu, durante a semana, diversos pedidos para que a prefeitura ajude a salvar o cinema.

PASSEATA
O fim do Belas Artes foi antecipado por reportagem daFolha na semana passada. O dono do imóvel, Flávio Maluf (que não é filho do político Paulo Maluf), pediu a devolução do espaço.
Na última segunda-feira, um grupo de cerca de 200 pessoas se encontrou na avenida Paulista em direção ao vão livre do Masp, para protestar contra a medida.

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Frsase

"Esses gays e lésbicas querem que nós [heterossexuais], a maioria, entubemos como exemplo de comportamento a sua promiscuidade"
JAIR BOLSONARO
deputado federal pelo PP-RJ

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Brasília…Uma prisão ao ar livre. (Clarice Lispector)

Brasilia
Em discurso no plenário, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse que os vídeos davam "nojo".
"Esses gays e lésbicas querem que nós [heterossexuais], a maioria, entubemos como exemplo de comportamento a sua promiscuidade"

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deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse que os vídeos davam "nojo". "Esses gays e lésbicas querem que nós [heterossexuais], a maioria, entubemos como exemplo de comportamento a sua promiscuidade",

Deputados atacam vídeo anti-homofobia 

Parlamentar declara que tem "nojo" de material que será distribuído em escolas do país

DE BRASÍLIA

Ainda não finalizado pelo Ministério da Educação, um material didático sobre homofobia a ser distribuído em escolas de todo o país já está causando polêmica no Congresso Nacional.
Trata-se de um conjunto de vídeos que deverá ser levado a 6.000 escolas de ensino médio.
O material ainda está em fase de finalização e, antes de ser distribuído, será avaliado por especialistas chamados pelo MEC e por uma comissão da pasta.
A reportagem viu três dos cinco filmes -dois ainda não foram finalizados.
Um deles conta a história de uma aluna travesti que sofre preconceito e quer ser chamada por seu nome de mulher e poder usar o banheiro feminino.
Outro fala do relacionamento amoroso de duas meninas que sofrem preconceito no colégio -a história termina com um abraço e um pedido de namoro no pátio.
E outro fala do jovem Leonardo, que descobre no ambiente escolar que pode se apaixonar tanto por garotas como por rapazes.

REAÇÕES
A primeira reação à iniciativa ocorreu ainda no ano passado, após parte do material ser exibida, pela primeira vez, para uma comissão na Câmara.
Em discurso no plenário, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse que os vídeos davam "nojo".
"Esses gays e lésbicas querem que nós [heterossexuais], a maioria, entubemos como exemplo de comportamento a sua promiscuidade", afirmou.
A polêmica chegou à bancada religiosa.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que pretende se reunir com parlamentares evangélicos para, só então, decidir o que fazer.
Ele ressalta que ainda não viu os vídeos, mas diz que, pelos dados de que dispõe, trata-se não de combate à homofobia, mas na verdade de um material que faz apologia à homossexualidade diante dos adolescentes.
Diante da polêmica, o MEC rebate essas acusações e afirma que a função da pasta é garantir o direito à educação de todas as crianças e adolescentes, independentemente da orientação sexual.
"A escola tem que ser um lugar de pertencimento", diz Rosilea Wille, coordenadora de Direitos Humanos da Secretaria de Alfabetização e Diversidade do ministério.

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Brasília: tortura


Chefe da PF na Papuda é acusado de tortura 

Agente Avilez Novais é denunciado também por abuso de autoridade na prisão de Brasília; PF não comenta o caso

Promotoria afirma que crimes foram cometidos 22 vezes pelo suspeito, que pode ser condenado a até 176 anos de prisão

FILIPE COUTINHO
LARISSA GUIMARÃES

DE BRASÍLIA 

O chefe do núcleo federal do presídio da Papuda, maior penitenciária de Brasília, foi afastado pela Justiça por suposta tortura de presos, com agressões físicas e até fornecimento de água com detergente para eles.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o agente da Polícia Federal Avilez Novais cometeu abuso de autoridade e tortura 22 vezes, com ajuda de outros agentes e de um detento. Só Avilez foi afastado. As penas chegam a 176 anos de prisão.
A denúncia afirma que Avilez agia em retaliação às reclamações sobre o tratamento recebido na Papuda, apresentadas pelos presos durante audiências e inspeções do Ministério Público.
Os presos dizem que ficavam todos numa mesma cela, enquanto outro era algemado e espancado por ter reclamado da TV desligada, "um verdadeiro clima de terror e pavor".
Um dos presos diz ainda que Avilez "desligava o exaustor para fazer pressão psicológica, e era impossível dormir à noite porque o local ficava infestado de insetos". As testemunhas acusam também o agente de adiar a entrega de alimentos dados por parentes, e muitas vezes os presos comiam os produtos já estragados. Em protesto, alguns detentos fizeram greve de fome por dois dias.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Avilez, durante um acesso de fúria, subiu no telhado, quebrou a antena da TV e fechou o registro de água por quase dez dias. Os presos foram obrigados a beber água com detergente, o que provocou diarreia e desidratação.
Na denúncia, o chefe do setor federal da Papuda cortava os banhos de sol e visitas, além de obrigar os presos a dormirem sem colchão.
Em um dos episódios relatados, os detentos disseram que foram obrigados a correr nus, enquanto retornavam às suas celas após o procedimento de revista geral.

SOB O SOL
Em outro caso, os presos foram levados para o pátio de cuecas e ficaram por mais de três horas sob o sol, sentados com as pernas cruzadas, algemados. Dois internos passaram mal e um foi ao hospital, com suspeita de enfarte.
A Polícia Federal não comentou o caso e disse que não estava autorizada a passar os contatos de Avilez ou de seus advogados.
Na decisão de afastar Avilez, o juiz federal Ricardo Leite diz que havia o "risco iminente" de novos casos, se o agente permanecesse no cargo. De acordo com o magistrado, a permanência do agente da PF na Papuda "pode gerar um clima de tensão que não é recomendável em nenhum ambiente". O juiz deu o prazo de 15 dias para que Avilez se pronuncie, antes de decidir se aceita a denúncia da procuradoria.

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