quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Próximas atividades!

                                                                     PRÓXIMAS ATIVIDADES!!!!

 

01/12/11, quinta-feira, 19h
Minicurso "Memórias do Anarquismo", com Ronald Creagh
Local: Centro de Cultura Social- - rua General Jardim, 253 - sala 22 - República

03/12/11, sábado, 16h
Debate "História do Movimento Anarquista nos Estados Unidos", com Ronald Creagh
Local: Centro de Cultura Social - rua General Jardim, 253 - sala 22 - República

04/12/11, domingo, das 10h as 20h
II Feira Anarquista de São Paulo
Local: Tendal da Lapa - rua Constança, 72 - Lapa

clique nos cartazes abaixo para ampliá-los.

 

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domingo, 27 de novembro de 2011

Atividades em Dezembro. Programem-se!

                                          01/12/11, quinta-feira, 19h

Minicurso "Memórias do Anarquismo", com Ronald Creagh

Local: Centro de Cultura Social- - rua General Jardim, 253 - sala 22 - República

 

03/12/11, sábado, 16h

Debate "História do Movimento Anarquista nos Estados Unidos", com Ronald Creagh

Local: Centro de Cultura Social - rua General Jardim, 253 - sala 22 - República

 

04/12/11, domingo, das 10h as 20h

II Feira Anarquista de São Paulo

Local: Tendal da Lapa - rua Constança, 72 - Lapa

 

clique no cartaz abaixo para ampliá-lo.

 

 
Cartaz5fcreagh5fccs
  
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organização: Biblioteca Terra Livre, Ativismo ABC, CCS.

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sábado, 26 de novembro de 2011

centro de cultura social

centro de cultura social:

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Folha.com - Ilustrada - No Brasil, Alain de Botton critica elite, caos de SP e desigualdade - 26/11/2011

Folha.com - Ilustrada - No Brasil, Alain de Botton critica elite, caos de SP e desigualdade - 26/11/2011:

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No Brasil, Alain de Botton critica elite, caos de SP e desigualdade

Filósofo anglo-suíço causou polêmica com comentários no Twitter durante viagem a capitais

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

O Brasil passou uma semana de Geni na mão de celebridades estrangeiras por aqui.

Depois de o músico e empresário Perry Farrell acusar o país de não ter educação musical -que ele estaria trazendo com seu festival Lollapalooza-, o filósofo Alain de Botton desandou a tuitar comentários pouco lisonjeiros que deram o que falar.

Reclamou da chuva, da feiura das cidades, dos atrasos no aeroporto; chocou-se com a elite paulistana, com a "profunda desigualdade" do país e reproduziu comentários pouco elegantes sobre alguns de seus anfitriões.

Quando conversou com a Folha, na manhã de ontem, Botton já estava mais bem impressionado -gostara muito do Rio, onde foi da mansão Moreira Salles ao Complexo do Alemão.

Ainda assim, não se acanhou em criticar a cultura nacional e, em particular, a cidade de São Paulo. Leia abaixo um resumo da conversa.

Folha - O que achou do Brasil nesta primeira visita?

Alain de Botton - É um país fascinante, parece que estou aqui há um século, de tantas impressões. Estou maravilhado com o tamanho, a diversidade, as pessoas. Tenho lido história do Brasil, é impressionante a quantidade de turbulências, revoltas.

Vindo da Inglaterra, fiquei com a impressão de que vivo em um lugar muito pequeno, onde nada aconteceu.

Como tem sido a viagem?

Comecei em Porto Alegre, experimentei o sul germânico, aí fui para São Paulo e experimentei a loucura...

Loucura em que sentido?

Você vê na geografia urbana que é uma cidade em que ninguém parou para pensar "como podemos fazer essa cidade habitável, bonita, calma?". Foi tudo corrido, preocupado em fazer dinheiro, em se projetar no cenário internacional. Não houve tempo para pensar em parques e coisas do tipo. Num dia cinza, parece uma visão do inferno.

E você teve alguns encontros com a elite da cidade?

Tive uma rápida visão. Fui a um coquetel após uma palestra que dei para a elite [na Sala São Paulo] e fiquei espantado com o refinamento.

Não era uma riqueza decadente, mas extremamente privilegiada, impossível de acontecer no Reino Unido. Uma conversa de "pegamos o helicóptero para ir ali", "a limusine está aí fora". As diferenças são tão...uau! Saímos do prédio e havia algo que parecia um cadáver, mas provavelmente ainda era uma pessoa. Isso é extremo.

Qual é sua sensação geral desse contraste de classes?

Fiquei impressionado com a quantidade de gente que me disse nunca ter ido a uma favela. Com mais cinco anos de bom crescimento econômico, este país vai estar completamente diferente. Parece uma fase de transição. Fui a uma favela, e dá a sensação de que aquilo não vai ser daquele jeito para sempre. Não parece com a Índia, onde a pobreza é tão endêmica que não há como contorná-la.

As comparações com cidades americanas são cabíveis?

Chama a atenção como o Brasil é diferente dos EUA, felizmente. É um país religioso de um modo bom. A religião aqui tem uma influência calmante, diz às pessoas que há outro mundo além desse.

Isso faz com que o espírito brasileiro seja mais relaxado, enquanto o americano é sobressaltado, focado no dinheiro e no sucesso de um modo louco, porque não há nada além disso aqui.

Mas não compro isso de que os brasileiros são alegres. São afetuosos, mas sinto muita tristeza e melancolia, o que acho bom, porque torna a cultura mais interessante.

Leia a íntegra da entrevista

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Folha de S.Paulo - Ilustrada - No Brasil, Alain de Botton critica elite, caos de SP e desigualdade - 26/11/2011

Folha de S.Paulo - Ilustrada - No Brasil, Alain de Botton critica elite, caos de SP e desigualdade - 26/11/2011: "E você teve alguns encontros com a elite da cidade?

Tive uma rápida visão. Fui a um coquetel após uma palestra que dei para a elite [na Sala São Paulo] e fiquei espantado com o refinamento.

Não era uma riqueza decadente, mas extremamente privilegiada, impossível de acontecer no Reino Unido. Uma conversa de "pegamos o helicóptero para ir ali", "a limusine está aí fora". As diferenças são tão...uau! Saímos do prédio e havia algo que parecia um cadáver, mas provavelmente ainda era uma pessoa. Isso é extremo."

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PM e prefeitura vão à caça de estudantes que matam aulas

Operação é acompanhada pelo Conselho Tutelar e tem o objetivo de combater a evasão escolar na zona leste

Defensoria Pública diz que ação fere os direitos da criança e do adolescente por ser uma medida coercitiva

TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO
VANDER RAMOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apu Gomes/Folhapress
Jovens pegas matando aula em parque da zona leste são levadas de Kombi para a escola
Jovens pegas matando aula em parque da zona leste são levadas de Kombi para a escola

Uma força-tarefa, formada por cerca de 30 funcionários da Prefeitura de São Paulo, policiais militares, guardas-civis e conselheiros tutelares, fechou ontem as saídas de dois parques do Itaim Paulista, extremo leste da capital, atrás de alunos que matavam aulas ou consumiam drogas.

Os locais foram bloqueados por cerca de uma hora, até que todas as crianças e adolescentes fossem abordadas, revistadas e tivessem seus dados anotados.

Alguns jovens pularam as grades para fugir quando notaram a presença da polícia.

Entre os abordados havia uma criança de nove anos, que tremia, com medo de ser levada. Jovens ficaram em fila, com mãos para trás.

A ação faz parte de um projeto coordenado pela Subprefeitura do Itaim Paulista, que tem o objetivo de diminuir a evasão escolar.

Folha acompanhou duas ações do grupo, orientado pelo tenente-coronel reformado da PM Sergio Payão, chefe de gabinete da Subprefeitura do Itaim Paulista.

ABORDAGEM

No primeiro local, o parque Chico Mendes, a ação aconteceu por volta de 9h30. Lá cerca de cem crianças e jovens, entre 11 e 28 anos, foram abordados.

O local é conhecido como "point" dos adolescentes e há relatos de uso de maconha e prática de sexo em público.

Aqueles que estavam matando aulas foram colocados em carros, levados para as escolas onde estudam e entregues à direção para que os pais fossem chamados. Eles também serão convocados pelo Conselho Tutelar.

Dois jovens, um menor de idade e outro maior, foram à delegacia por estarem com maconha, segundo Payão.

Do grupo, 23 meninas que assumiram estar cabulando aula foram levadas de volta para as escolas, mas 25 meninos foram liberados por não haver espaço no carro. "Sem as meninas, eles não vão ficar no parque", disse Payão.

O segundo parque foi o Santa Amélia. No local, mais vazio, cerca de 20 meninos e meninas foram abordados.

Quatro meninos, entre 11 e 13 anos, que estavam cabulando aulas, foram colocados na Kombi e levados para a Escola Estadual República da Guatemala, onde estudam.

No carro, um deles perguntou se os pais seriam chamados. Ao ouvir "sim", chorou o resto do caminho, dizendo que temia apanhar da mãe.

"A ação é positiva porque esses jovens vão pensar bem antes de cabular outra vez. Também pretendemos reprimir o uso de drogas, pois muitos jovens faltam às aulas para fazer o uso delas", diz o conselheiro tutelar Francisco Carlos Barros.

Para Diego Vale de Medeiros, coordenador do núcleo da infância e juventude da Defensoria de São Paulo, a ação é ilegal.

"Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, medidas coercitivas só podem ser empregadas quando o adolescente comete ato infracional". Segundo ele, a ação fere ainda o direito constitucional de ir e vir.

O Conselho Tutelar disse que consultou a Vara da Infância e da Juventude sobre a fiscalização. A Folha não conseguiu falar com o órgão.

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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

‎"o deputado Bolsonaro disse que Dilma deveria assumir "que o negócio" dela é "amor com homossexual".

"A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre."
Oscar Wilde

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

CONTARDO CALLIGARIS

Assuntos:

Comportamento

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CONTARDO CALLIGARIS

O psicanalista explica por que a homossexualidade incomoda tanto?
icone postado
20.10.2011 | Texto por Lia Hama

Charles Gatewood/Topfoto/Keystock

 

 

De onde vem a homofobia? Como funciona o preconceito de quem acha que não o tem? Para responder a essas e outras perguntas, convocamos o psicanalista Contardo Calligaris - que sonha com um tempo em que ser homo, hétero ou bi não seja fundamental para definir nossas identidades

Contardo Calligaris é um homem acostumado a temas espinhosos. O psicanalista italiano de 63 anos, nascido em Milão e radicado em São Paulo, assina colunas toda quinta-feira na Folha de S.Paulo, e a trinca sexo, amor e relacionamentos é uma de suas constantes. Nesta edição de Trip dedicada à diversidade sexual, convidamos o terapeuta para refletir sobre por que, afinal, a homossexualidade provoca tanto incômodo. “Ninguém se incomoda com algo a não ser que isso seja objeto de um conflito interno. O homofóbico tem dificuldade em conter traços de homossexualidade que estão dentro dele”, responde Contardo. Segundo o psicanalista, as piadinhas sobre gays, tão comuns nas rodas de homens, celebram um laço que, no fundo, é homossexual. “Ninguém conta uma piada de veado para uma mulher, porque para ela é uma coisa totalmente ridícula. Ela vai virar e dizer: ‘Hein?’.”

Na entrevista a seguir, Contardo aponta para o enorme preconceito contra gays e lésbicas que ainda persiste no Brasil, fala sobre o papel das novelas na formação da opinião pública e defende a aprovação da lei que criminaliza a homofobia. “Essa garantia legal é crucial”, afirma. O psicanalista sai em defesa do “politicamente correto”, que, aqui, não funciona como nos EUA. “Lá, alguém como o [deputado federal Jair] Bolsonaro já estaria na cadeia há muito tempo”, acredita. Seu desejo, diz, é que a sociedade avance para um estágio em que se possa viver livremente de forma “junta e misturada”, ou seja, em uma realidade na qual ser heterossexual ou homossexual não seja tão importante para definir as nossas identidades.

Por que a homossexualidade incomoda tanto?
Vários psicanalistas e psicólogos já formularam sobre isso. Existe quase uma regra que quase nunca se desmente na prática. Quando as minhas reações são excessivas, deslocadas e difíceis de serem justificadas é porque emanam de um conflito interno. Por que afinal me incomodaria meu vizinho ser homossexual e beijar outro homem na boca? De forma simples, o que acontece é: “Estou com dificuldades de conter a minha própria homossexualidade, então acho mais fácil tentar reprimir a homossexualidade dos outros, ou seja, condená-la, persegui-la e reprimi-la, se possível até fisicamente porque isso me ajuda a conter a minha”. O problema de toda neurose é que a gente reprime muito mais do que precisa. A neurose multiplica a repressão. Se eu tenho uma vaga impressão de que eu poderia ter uma atração por um colega de classe, então acabo construindo uma série de comportamentos que me convençam de que não só não tenho atração nenhuma como eventualmente posso chamar esse colega de veado, criar um grupo de pessoas que compartilham daquela opinião e esperar ele sair da escola para enchê-lo de porrada.

O homofóbico necessariamente é um gay enrustido?
Eu não diria que é um gay enrustido. A homofobia responde a uma necessidade de reprimir uma parte da sexualidade, mas não significa necessariamente que essa pessoa seja homossexual. É alguém que está reagindo neuroticamente a traços de homossexualidade que estão em cada um. Isso já é suficiente para criar a homofobia.

A sociedade brasileira ainda é muito preconceituosa? O politicamente correto mascara isso?
O politicamente correto no Brasil é muito precário se comparado ao dos Estados Unidos. Aqui as pessoas se autorizam a dizer coisas que lá seriam impensáveis. O Bolsonaro já estaria na cadeia há muito tempo. Não tenho nada contra o politicamente correto, mesmo os seus excessos, porque não estou convencido de que as falas sejam inocentes. As piadas de discriminação deveriam ser proibidas. Deveria ser possível agir legalmente contra isso. Mas, sim, acho que a sociedade brasileira ainda é fortemente preconceituosa. O engraçado é que as formas mais triviais de preconceito se expressam em grupos que acabam sendo homossexuais. O clássico é a piada de veado, que faz todo mundo rir e ocorre numa roda de homens na padaria. Esses homens celebram rindo um laço entre eles que, no fundo, é homossexual. Os quatro skinheads que saem à noite para dar porrada na praça da República substituem o que seria uma homossexualidade neles batendo em quem eles supõem ser homossexual.

Você é a favor da lei que criminaliza a homofobia?
Sou totalmente a favor. Incitar o ódio e a exclusão não dá. A liberdade de expressão não justifica ir contra direitos fundamentais.

Como funciona o preconceito das pessoas que dizem não ter preconceito? Como reagem pais que se consideram esclarecidos quando descobrem que o filho é gay?
No caso dos pais, tem uma parte da reação que não é necessariamente homofóbica. Há um sentimento de perda e preocupação. Eles presumem que não terão netos, isso é uma perda. Eles têm uma apreciação realista da sociedade. Pensam: “Se o meu filho for gay, a vida dele será mais dura. Não poderá viver em qualquer lugar, vai ter que morar em grandes metrópoles. Quando for alugar um apartamento, talvez encontre um dono que não vai gostar de saber que ele vive com outro homem. Uma noite pode estar na praça da República e ser agredido. Quando for fazer a queixa na delegacia, pode ouvir que, se não fosse veado, isso não teria acontecido. Vai trabalhar numa multinacional e todo mundo vai ter a foto da mulher ou do marido em cima da mesa. Ter a foto de alguém do mesmo sexo provavelmente não vai contribuir para o progresso da carreira dele. Enfim, haverá uma série de limitações”. Pode ser que para nossos filhos e netos isso evolua, mas a realidade hoje é essa.

Esses pais se culpam? Perguntam: “Onde foi que eu errei?”
Hoje muito menos, o que prova que a homossexualidade está sendo menos considerada como patologia do que no passado. A homossexualidade é produzida por uma série de coisas complexas, algumas, aliás, não têm nada a ver com o tipo de criação que a pessoa recebeu. Responsabilizar os pais é algo grotesco. Agora, nos anos 70, sim. Eu atendi pais que se recusavam completamente a aceitar que os filhos eram gays. E tive pacientes homossexuais que tinham perdido o contato com os pais a partir do momento em que saíram do armário.

Como você vê a representação dos gays nas novelas?
A existência de gays como personagens positivos ou simplesmente aceitos tem um efeito importante. A novela das nove é a grande formadora de opinião no Brasil. Às vezes tem até uma capacidade de antecipar e transformar a visão sobre as coisas. Nem sempre o que aparece nas novelas é porque os brasileiros mudaram. Às vezes os brasileiros mudam porque apareceu na novela. É pequena a antecipação, mas ela existe. A novela pode se propor a escandalizar um pouco, permitir que as pessoas pensem um pouco além do que elas pensavam antes.

Homossexualidade é genética ou construída? Ou nem cabe mais essa questão?
É um debate aberto. O que todo mundo sabe hoje é que a genética não é o destino de ninguém. Mesmo que existisse um gene da homossexualidade, que, se existe, ainda não foi encontrado, ele precisaria ser posto em ação. Os nosso genes se realizam ou não a partir de uma série de questões relacionadas ao ambiente – geofísico e humano. Imaginar que exista uma separação rigorosa entre o genético e o construído é ingênuo. As coisas se misturam. O grande argumento a favor da tese de que é genético é que existem pesquisas com gêmeos que mostram que, em univitelinos, se um é homossexual a maioria dos irmãos também é. Algo em torno de 60%. Agora, isso é um argumento a favor da tese? Na verdade, é um argumento contra porque, se são univitelinos, deveria ser 100%, já que o patrimônio genético dos dois é rigorosamente igual. O caso é interessante porque mostra que a coisa é mais complexa.

 

"O gênero não é o mais importante para definir a sexualidade de alguém. A fantasia define muito mais"

 

Crianças criadas por casais homossexuais sofrem de dificuldades específicas? Seu desenvolvimento é diferente do de crianças de casais heterossexuais?
Isso já está totalmente estabelecido. Há um campo de pesquisas importante nos EUA e em alguns países da Europa, onde já há um bom tempo os casais homossexuais foram autorizados a adotar crianças. Está absolutamente claro que as estatísticas, tanto do futuro da vida sexual dessas crianças como da patologia eventual delas, são absolutamente idênticas às das crianças criadas por casais héteros. Acho que isso não deveria nem mais ser tema de conversa. Porque os resultados estão lá, são conhecidos.

O preconceito é maior em relação a casais de homens que desejam adotar filhos?
É possível. Até porque um dos grandes mitos da homofobia é que as pessoas, sobretudo as mais ignorantes, confundem homossexualidade com pedofilia. Então elas perguntam: “Mas como um casal de homossexuais masculinos vai adotar crianças? Eles vão estuprá-las”. E a pedofilia pode ser totalmente heterossexual.

Você já sentiu atração por homens? Teve vontade de beijar e transar com um homem?
Não, atração nesse sentido não... Mas cresci nos anos 60, uma época de amor livre. Tudo aquilo era bastante aberto e misturado.

Deu para experimentar bastante coisa?
Sim.

Você já questionou a sua orientação sexual?
Questionar a orientação sexual já é em si um problema porque, no fundo, eu não acredito muito nessa distinção entre homossexual e heterossexual como um divisor de águas. Do ponto de vista da personalidade de alguém, é um fato muito marginal. Muito mais do que se ela transa com pessoas do mesmo sexo ou não, o que define uma pessoa é a fantasia sexual com a qual ela funciona. Um homossexual cuja sexualidade é alimentada numa fantasia sadomasoquista tem muito mais a ver com um heterossexual com fantasia parecida do que com outro homossexual que, ao contrário, gosta de transar ternamente, dando beijinhos. O gênero não é o mais importante para definir a sexualidade de alguém. A fantasia define muito mais.

Há quem diga que no futuro as pessoas vão se relacionar independentemente do gênero. Seria tudo meio “junto e misturado”. Você concorda com isso?
Eu preferiria que fosse assim. A homossexualidade se tornou uma identidade necessária para tempos de luta. Nos últimos 30 ou 40 anos e certamente nas próximas décadas ainda terá que se afirmar para que haja uma paridade de direitos real e concreta. Mas, uma vez retirada essa necessidade de luta, não sei se a escolha de gênero do objeto sexual será o mais importante para definir a identidade de alguém... Sou homossexual ou sou heterossexual. Sim, e daí? Good for you. Não sei se verei esse novo mundo, mas espero que isto aconteça: que essa identidade se torne insignificante, pois não será tão necessária.

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'Se seu negócio é amor com homossexual, assuma', diz Bolsonaro a Dilma

MARIA CLARA CABRAL
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
TATHIANA BARBAR
DE SÃO PAULO

Conhecido por suas declarações preconceituosas contra negros e homossexuais, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) protagonizou nesta quinta-feira (24) mais um discurso polêmico na tribuna da Câmara.

Durante a manhã, quando protestava contra a campanha elaborada pelo governo para combater o preconceito contra homossexuais nas escolas, em especial a divulgação de um "kit anti-homofobia" elaborado pelo Ministério da Educação, Bolsonaro afirmou que a presidente Dilma Rousseff deveria logo "assumir" se o seu negócio é "amor com homossexual".

Conselho de Ética da Câmara arquiva processo contra Bolsonaro
Filho de Bolsonaro insinua que mandou gays 'chuparem o dedo'

"São 180 itens. O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau! Tudo o que foi tratado ontem foi com a temática LGBT para os livros escolares. Criam aqui bolsa de estudo para jovem LGBT, estágio remunerado para lésbicas, gays, bissexuais etc.!"

E continuou: "Então, pessoal, é o presente de Natal que a Dilma Rousseff está propondo para as famílias pobres do Brasil. Ou seja, o dia em que a maioria da garotada nas escolas for homossexual, está resolvido o assunto... Será que o [Fernando] Haddad [ministro da Educação], como prefeito de São Paulo, vai implementar a cadeira de homossexualismo nas escolas do 1º Grau?".

Haddad foi lançado pelo PT como pré-candidato nas eleições de 2012. A reportagem já entrou em contato com a assessoria do Planalto para comentar o assunto e aguarda um retorno.

Alan Marques - 29.jun.2011/Folhapress
Bolsonaro afirma que a presidente Dilma Rousseff deveria logo "assumir" se o seu negócio é "amor com homossexual"
Bolsonaro afirma que a presidente Dilma Rousseff deveria logo "assumir" se o seu negócio é "amor com homossexual"

Mais tarde, procurado pela Folha, Bolsonaro negou ter feito questionamento sobre a sexualidade da presidente. Ele explica que quis dizer que ela "tinha um caso de amor com a causa homossexual".

"Quem sou eu para questionar a sexualidade dela? Não me interessa a opção dela, desde que seja com discrição", afirmou, reiterando que isso tem um lado positivo por trazer a polêmica sobre o kit gay à tona.

QUEBRA DE DECORO

Alfredo Sirkis (PV-RJ), que discursaria logo em seguida, reclamou da fala de Bolsonaro e disse que ela configurava quebra de decoro parlamentar.

"Eu acho que é admissível se debater se tal ou qual peça didática é correta ou não do ponto de vista didático, mas o que nós ouvimos aqui hoje foi novamente um discurso de ódio, de preconceito, um discurso inclusive que, se eu entendi direito, faltou com o decoro parlamentar ao fazer insinuações a respeito da própria Presidente da República, quando eu acho que a opção sexual de qualquer ser humano, Deputado, é uma questão de foro íntimo desse mesmo ser", afirmou.

O deputado Marcon (PT-RS) foi o responsável por pedir oficialmente que as notas taquigráficas do discurso de Bolsonaro fossem retiradas do site da Câmara. O que aconteceu logo em seguida por determinação de Domingos Dutra (MA), petista que presidia a sessão.

Segundo o setor de taquigrafia da Casa, o pedido de retirada de qualquer discurso é legítimo. O caso agora será encaminhado ao presidente Marco Maia (PT-RS) para ele decidir se a fala permanecerá fora do ar.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) pediu ao presidente da Câmara que tome providências para punir o deputado por falta de decoro parlamentar.

"Como mulher, como cidadã, como mãe, como senadora, como vice-presidente desta Casa, pedimos ao presidente da Câmara, deputado Maia, que tome enérgicas providências e limites, porque está sem um freio de arrumação. Sinto muito, a falta de decoro parlamentar desse deputado tem ofendido cidadãos comuns e agora até mesmo a Presidente da República", disse Marta.

Ela ressaltou que a falta de decoro de Bolsonaro não foi por dizer que a presidente Dilma possa ser homossexual, mas sim por fazer insinuações a respeito da sexualidade da própria presidente da República, quando a opção sexual de qualquer ser humano é uma questão de foro íntimo.

Pelo Twitter, a senadora disse ainda que Bolsonaro pode ter cometido crime de injúria pela afirmação.

OUTRAS POLÊMICAS

Em março deste ano, durante o programa "CQC", da TV Band, ele foi acusado de racismo ao responder uma pergunta feita pela cantora Preta Gil.

Ao ser questionado qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra, o parlamentar respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu".

Outro fato polêmico foi a briga entre ele e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), na Comissão de Direitos Humanos do Senado, em maio.

Após a retirada do projeto que criminaliza a homofobia da pauta de votação, enquanto a relatora da proposta, Marta Suplicy, concedia entrevista à imprensa, Bolsonaro exibiu um panfleto contra a ampliação dos direitos dos homossexuais, o que irritou Marinor, que chegou a bater na mão do deputado.

Marinor tentou impedir que Bolsonaro exibisse o panfleto e o chamou de homofóbico, o que resultou em discussão.

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Folha.com - Poder - 'Se seu negócio é amor com homossexual, assuma', diz Bolsonaro a Dilma - 24/11/2011

Folha.com - Poder - 'Se seu negócio é amor com homossexual, assuma', diz Bolsonaro a Dilma - 24/11/2011:

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Revista Trip - Contardo Calligaris

Revista Trip - Contardo Calligaris: O psicanalista explica por que a homossexualidade incomoda tanto?

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CONTARDO CALLIGARIS

"Para ter proteção e respeito, nenhum cidadão deveria ser forçado a mostrar conformidade aos ideais estéticos, sexuais e religiosos dominantes. Se você precisa parecer "comum" para que seus direitos sejam respeitados, é que você está sendo discriminado: você não será estigmatizado, mas só à condição que você camufle sua diferença. Importa, portanto, proteger os direitos dos que não são e não topam ser "comuns", aqueles cujos comportamentos "caricaturais" testam os limites da aceitação social." CONTARDO 

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ator Caio Castro

"Não acho que sou pegador. Mas vou te falar uma parada também, se você não tem fama de pegador e é solteiro, fica com fama de veado. Então, antes pegador que veado, né?"

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História do Movimento Anarquista nos Estados Unidos « Catraca Livre

História do Movimento Anarquista nos Estados Unidos « Catraca Livre:

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centro de cultura social

03/12/2011, sábado, as 16h

História do MovimentoAnarquista nos Estados Unidos
com Ronald Creagh, militante anarquista, pesquisador, Doutor em Letras e Ciências Humanas e professor da Universidade Paul-Valéry


Local: CCS - Rua General Jardim, 253, sala 22 - próximo ao mêtro República.
Organização: Centro de Cultura Social e Biblioteca Terra Livre


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Programem-se: 03/12 e 04/12.

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convida para a próximas atividades:

 

03/12/2011, sábado, as 16h

 

História do MovimentoAnarquista nos Estados Unidos
com Ronald Creagh, militante anarquista, pesquisador, Doutor em Letras e Ciências Humanas e professor da Universidade Paul-Valéry


Local: CCS - Rua General Jardim, 253, sala 22 - próximo ao mêtro República.
Organização: Centro de Cultura Social e Biblioteca Terra Livre

 

 
 

04/12/2011, domingo, das 10h as 20h

 

II FEIRA ANARQUISTA

DE SÃO PAULO

 

O CCS e a Editora Achiamé estarão presentes na II Feira Anarquista de São Paulo.

Todos os livros do catálogo estarão com descontos especiais no evento. Aproveitem!

 

Local: Tendal da Lapa - Rua Constança, 72, Lapa .

Organização: Biblioteca Terra Livre e Ativismo ABC

 

   
   

 

 

       

www.ccssp.org

ccssp@ccssp.org

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AMIGOS...