sábado, 12 de março de 2011

Trem de alta velocidade tira mercado dos aviões

Entidade mundial de ferrovias entregou um estudo à Embraer

Aeronaves da brasileira atendem setor (de até 600 km de distâncias) em que esse tipo de trem começa a se expandir

DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA 

Terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, a Embraer começou a discutir a produção de trens de alta velocidade no Brasil.
No início de março, a empresa convidou Iñaki Barron, diretor de alta velocidade da UIC (Organização Mundial de Ferrovias), para falar sobre o tema em sua fábrica em São José dos Campos (SP).
Os temas discutidos no encontro ficaram em torno do avanço do mercado de trens-bala sobre a aviação regional, principal mercado da Embraer, e absorção da tecnologia de produção de trens de alta velocidade pelo país.
A Embraer informou por meio da assessoria de imprensa que não tem estudos sobre o tema e que é normal chamar especialistas para dar palestras a seus funcionários. Durante o encontro, não se falou em participação da empresa no leilão da primeira linha do país (Campinas-SP-RJ), previsto para abril deste ano.
Segundo estudos da UIC, apresentados à Embraer e depois num seminário realizado em São Paulo, até 2025 a rede de trens de alta velocidade deve passar dos cerca de 14,7 mil quilômetros atuais para próximo de 36 mil quilômetros no mundo.
E o principal mercado desses trens são as distâncias de até 600 quilômetros, muitas delas atendidas hoje por aviões comerciais fabricados pela Embraer.
Esse setor responde por 58% da receita da empresa -que em 2009 foi de R$ 10,8 bilhões-, sendo quase tudo do mercado externo. Nas distâncias até 600 quilômetros, os trens roubaram, nas linhas já existentes na Europa e na Ásia, entre 50% e 90% dos passageiros de aviões.
Além da linha Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro, o governo já iniciou estudos para outros três trechos: São Paulo-Curitiba, São Paulo-Belo Horizonte e Campinas-Triângulo Mineiro.
Somente entre São Paulo e as outras três capitais, o número de passageiros transportados por avião em 2009, segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), foi de quase 6,5 milhões (cerca de 13% do total).

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Documentário joga luz sobre "o lado B" do baião

"O Homem que Engarrafava Nuvens" é biografia de Humberto Teixeira

Personagem foi parceiro de Luiz Gonzaga em "Baião", "Asa Branca", "Assum Preto" e outros clássicos da MPB 

MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO 

Em tempos em que o samba se mantém entronado como fundamental matéria-prima na produção de música do país, um filme como "O Homem que Engarrafava Nuvens" (2010) pode valer como uma iluminação. 
Dirigido por Lírio Ferreira (de "Árido Movie" e "Baile Perfumado"), o documentário entrega até mais do que promete, a princípio, vender. 
Promete uma biografia do cearense Humberto Teixeira (1915-1979), compositor, advogado, político e criador das leis de direito autoral no Brasil. Mais que isso, parceiro de Luiz Gonzaga em clássicos como "Asa Branca" e "Assum Preto". O Doutor do Baião, como era chamado. 
Entrega um poema visual que, abarrotado de informações, depoimentos e imagens históricas, se expande para além do personagem. E busca recolocar o baião como o gênero fundamental da nossa tradição musical. 
Defende a importância do baião como, em primeiro lugar, espelho e escudo da identidade do nordestino. O escritor Muniz Sodré contrasta a alta autoestima do sertanejo nas canções de Gonzaga/Teixeira com a imagem "anêmica" com que o escritor Monteiro Lobato descrevia as figuras do interior.
Depois, indica o gênero musical como agente agregador entre Nordeste e Sudeste do país. Isso porque, a partir de sua modernização por Gonzagão, na primeira metade do século 20, o baião levou o homem do sertão ao estrelato, no rádio e no cinema. 
Humberto Teixeira acabou por se tornar, aos olhos do público, o lado B dessa história toda, o letrista que nunca aparecia. "Ele era invisível", afirma o americano David Byrne, ex-Talking Heads, em depoimento ao filme. 
O desfile de comentaristas dá ritmo à narrativa. Estão lá, dando a palavra, artistas da música, da literatura, da poesia -todos amarrados pela atriz Denise Dumont, filha de Teixeira, que conduz a história enquanto busca descobrir quem de fato foi seu pai. 
Os números musicais comprovam a relevância do baião no correr das gerações e dos movimentos musicais por que já passamos -da bossa nova, no fim dos 1950 ("Bim Bom", de João Gilberto, diz: "É só isso o meu baião"), ao manguebeat, nos 1990. 
Lírio levou ao estúdio, para interpretações exclusivas, Chico Buarque ("Qui Nem Jiló"), Caetano Veloso ("Baião de Dois"), Gal Costa e Sivuca ("Adeus, Maria Fulô", em dueto de voz e sanfona). 
Outros números foram registrados durante a entrega do Prêmio BR de 2002, quando Teixeira foi homenageado. Dessa sessão, saem as participações de Gilberto Gil, Lenine, Fagner, Elba Ramalho e Lirinha (ex-membro do Cordel do Fogo Encantado). Mais do que Humberto Teixeira, sai da sombra a história de um gênero musical. 

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MULHERES NO PEDAL

Amanhã, às 9h, grupo de ciclistas mulheres percorre ruas do centro e distribui rosas aos motoristas na esquinas da Ipiranga com São João. A partida será na rua Guaianazes. Informações:sampabikers.com.br.

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HISTÓRIA

Um novo serviço da Assembleia Legislativa de São Paulo tornou disponível pela internet, para consulta e para reprodução, mais de 350 mil páginas de documentos desde o Império, que tratam desde urbanização e obras públicas até escravidão, saúde e educação.
É preciso acessar o endereço www.al.sp.gov.br e clicar no link documentação e informação.

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AMIGOS...