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sábado, 12 de março de 2011
Trem de alta velocidade tira mercado dos aviões
Documentário joga luz sobre "o lado B" do baião
Personagem foi parceiro de Luiz Gonzaga em "Baião", "Asa Branca", "Assum Preto" e outros clássicos da MPB
MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO
Em tempos em que o samba se mantém entronado como fundamental matéria-prima na produção de música do país, um filme como "O Homem que Engarrafava Nuvens" (2010) pode valer como uma iluminação.
Dirigido por Lírio Ferreira (de "Árido Movie" e "Baile Perfumado"), o documentário entrega até mais do que promete, a princípio, vender.
Promete uma biografia do cearense Humberto Teixeira (1915-1979), compositor, advogado, político e criador das leis de direito autoral no Brasil. Mais que isso, parceiro de Luiz Gonzaga em clássicos como "Asa Branca" e "Assum Preto". O Doutor do Baião, como era chamado.
Entrega um poema visual que, abarrotado de informações, depoimentos e imagens históricas, se expande para além do personagem. E busca recolocar o baião como o gênero fundamental da nossa tradição musical.
Defende a importância do baião como, em primeiro lugar, espelho e escudo da identidade do nordestino. O escritor Muniz Sodré contrasta a alta autoestima do sertanejo nas canções de Gonzaga/Teixeira com a imagem "anêmica" com que o escritor Monteiro Lobato descrevia as figuras do interior.
Depois, indica o gênero musical como agente agregador entre Nordeste e Sudeste do país. Isso porque, a partir de sua modernização por Gonzagão, na primeira metade do século 20, o baião levou o homem do sertão ao estrelato, no rádio e no cinema.
Humberto Teixeira acabou por se tornar, aos olhos do público, o lado B dessa história toda, o letrista que nunca aparecia. "Ele era invisível", afirma o americano David Byrne, ex-Talking Heads, em depoimento ao filme.
O desfile de comentaristas dá ritmo à narrativa. Estão lá, dando a palavra, artistas da música, da literatura, da poesia -todos amarrados pela atriz Denise Dumont, filha de Teixeira, que conduz a história enquanto busca descobrir quem de fato foi seu pai.
Os números musicais comprovam a relevância do baião no correr das gerações e dos movimentos musicais por que já passamos -da bossa nova, no fim dos 1950 ("Bim Bom", de João Gilberto, diz: "É só isso o meu baião"), ao manguebeat, nos 1990.
Lírio levou ao estúdio, para interpretações exclusivas, Chico Buarque ("Qui Nem Jiló"), Caetano Veloso ("Baião de Dois"), Gal Costa e Sivuca ("Adeus, Maria Fulô", em dueto de voz e sanfona).
Outros números foram registrados durante a entrega do Prêmio BR de 2002, quando Teixeira foi homenageado. Dessa sessão, saem as participações de Gilberto Gil, Lenine, Fagner, Elba Ramalho e Lirinha (ex-membro do Cordel do Fogo Encantado). Mais do que Humberto Teixeira, sai da sombra a história de um gênero musical.
MULHERES NO PEDAL
HISTÓRIA
É preciso acessar o endereço www.al.sp.gov.br e clicar no link documentação e informação.