quinta-feira, 10 de março de 2011

Citigroup é menos otimista sobre o Brasil

DE SÃO PAULO 

Os grandes bancos não preveem para o Brasil o mesmo futuro róseo que reservam para a China. Para Willem Buiter, economis- ta-chefe do Citigroup, o Brasil passa de sétima economia do mundo para quinta em 2030, mas cai de novo para a sexta posição, ultrapassado por Nigéria e Indonésia.
"Considerando a baixa taxa de investimento do Brasil, sua atitude ambígua em relação a investimentos estrangeiros e demografia apenas modestamente favorável, a taxa de crescimento real sustentável do PIB per capita do país não deve ficar além de 3,5% entre 2010 e 2050", diz Buiter em seu relatório.
Segundo o Citi, o México, o Brasil, a Turquia e a Tailândia teriam de implementar enormes reformas, elevando suas taxas de poupança doméstica e investimentos, para se juntar às nações de crescimento mais acelerado, que o banco batiza de 3G.
"O Brasil poderia ser um país 3G no futuro se conseguisse aumentar sua taxa de formação de capital, melhorar a qualidade de seus recursos humanos e eliminar seus monopólios domésticos -sem essas mudanças, o Brasil se arrisca a se transformar em um Velho Bric."

ESCOLARIDADE
Para Karen Ward, do HSBC, o Brasil tem problemas que irão brecar seu crescimento. O nível de escolaridade da população ainda é baixo, 7,6 anos em média de estudo -comparado com 10 na China e 12,2 nos EUA. Outras questões são insegurança jurídica e pouca facilidade para fazer investimentos.
"Temos projeções fortes para o Brasil, mas ainda um pouco aquém de outros países, pois alguns fatores atrapalham, como a escolaridade e os gastos do governo", diz Karen, autora do relatório "O Mundo em 2050".
Mas ela faz a ressalva de que seu modelo não capta de forma adequada o impacto dos recursos naturais. "E, se o nível educacional melhorar marcadamente, pode superar nossas projeções."
A taxa de natalidade do Brasil está caindo e a proporção da população em idade produtiva vai ter aumento pouco significativo. Os gastos do governo, como proporção do PIB, são semelhantes aos de países estagnados da Europa Ocidental. E o investimento (17,3% do PIB entre 2006 e 2009) é baixo comparado a países como Índia (35%) e China (45% a 50%).

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David Lynch cria loja de música virtual

O cineasta americano relançou seu site,www.davidlynch.com, como uma loja de música virtual com repertório próprio. O endereço reunirá composições novas e outras ligadas a seus projetos no cinema e na TV nunca lançadas. Já estão disponíveis duas faixas remixadas por vários artistas.

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Engenho onde viveu Nabuco é restaurado

Reforma feita por fundação demorou dois anos, custou R$ 500 mil e seguiu descrições de livro do abolicionista

Infância passada na fazenda descortinou para ele a realidade do regime escravocrata que ele viria a combater 

MARCELO BORTOLOTI
ENVIADO A CABO DE SANTO AGOSTINHO (PE) 

"A escravidão para mim cabe toda em um quadro inesquecido da infância, em uma primeira impressão, que decidiu, estou certo, do emprego ulterior de minha vida."
As palavras do abolicionista Joaquim Nabuco (1849-1910) estão no livro "Minha Formação", de 1900.
Nelas, ele se refere a um episódio que viveu no engenho Massangana, no interior de Pernambuco, onde morou até os oito anos, e cujas casa grande e capela foram recentemente restaurados.
Nabuco estava sentado na entrada do casarão quando um negro desconhecido caiu de joelhos implorando que fosse comprado. Dizia que seu dono o maltratava e que corria risco de vida.
A cena descortinou para Nabuco o regime escravocrata com o qual convivia no engenho sem conhecer sua face mais dolorosa.
Nabuco teve as primeiras impressões do mundo nesta propriedade, onde foi criado pela madrinha, já que seus pais se mudaram para o Rio.
Ali, cresceu entre negros num ambiente em que senhores e escravos conviviam em relação amistosa.
Mais tarde, dedicou a vida a combater esse regime como político, jurista e escritor.
O restauro das edificações, empreendido pela Fundação Joaquim Nabuco, demorou dois anos e custou R$ 500 mil. A obra obedeceu às descrições que o próprio abolicionista fez no livro de 1900.
"Localizamos onde havia janelas na casa e onde foi enterrada a madrinha dele", diz o arquiteto Antônio Montenegro, que coordenou o trabalho de restauro.
Foram colocados móveis da época e uma exposição permanente descreve como era a fazenda e sua rotina. Em fotos e vídeos é possível conhecer um pouco mais da vida e da formação moral de Nabuco.
Mas muita coisa sucumbiu com o tempo. Não existe mais o antigo engenho que moía a cana, a senzala, nem o cemitério onde eram enterrados os escravos. 

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Cinema num clique

Alternativa à pirataria , plataformas internacionais de filmes on-line vão oferecer serviços no Brasil 

Divulgação
Cena de ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’ de Kubrick, um dos filmes mais baixados no site Mubi 

ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO 

Foi preciso que a internet atingisse a maioridade para que o Brasil começasse a ser levado a sério. Nesses 18 anos, a indústria fonográfica perdeu toda uma geração para o download ilegal e a pirataria espraiou-se. Mas a indústria cinematográfica começa, enfim, a mover-se.
A pergunta que resta é: encontrará um público disposto a pagar para baixar filmes?
"O Brasil está pronto para pagar pelo serviço de video-on-demand", aposta o argentino Eduardo Costantini, um dos fundadores do site de filmes Mubi, que acaba de fechar nova rodada de negócios, no valor de U$S 2,4 milhões (R$ 3,9 milhões).
Parte desses recursos terá o Brasil como destino. O Mubi, que possui 1.500 títulos negociados com produtores e distribuidores, está criando uma nova plataforma, no Vale do Silício (EUA), e pretende oferecer download de filmes por, no máximo, R$ 5.
"Dizer que 2011 será o ano da virada é exagero. Mas será o ano da entrada do Brasil no negócio dos filmes on-line", diz Fábio Lima, criador do site MovieMobz, que usa a internet para "mobilizar" sessões reais de cinema.
Conforme a Folha adiantou, a americana Netflix também planeja aterrissar no Brasil com serviços de assinatura para filmes e séries.
Nos EUA, a Netflix é apontada como causa da falência da Blockbuster e é vista como ameaça à rede HBO.
Questionado pelo "New York Times" se a Netflix atrapalhava os negócios da Time Warner, Jeff Bewkes, presidente do grupo -ao qual a HBO pertence-, recorreu à ironia. "Você imagina o exército da Albânia assumindo o controle do mundo?"
De acordo com a revista especializada "Screen", porém, a empresa de serviços digitais teve, em 2010, um crescimento maior em Wall Street que a Time Warner.
Uma pesquisa feita pelo JP Morgan diagnosticou, ainda, que 47% dos usuários ativos do Netflix consideram a possibilidade de cancelar seu serviço de TV por assinatura.
Em janeiro, o similar europeu da Netflix, a LoveFilme, foi comprada pela Amazon.

PRATICIDADE
"Está provado que as pessoas não pagam pelo que baixam na web [www], mas que podem pagar por serviços e conveniência", diz Lima.
É esse o eixo de um longo artigo escrito por Chris Anderson, editor-chefe da revista "Wired", que declara a morte da web como negócio.
O futuro, de acordo com ele, está na internet. Traduzindo: perdem força as páginas www e ganham força as plataformas fechadas e os "dispositivos", como os iPads. "Por mais que admiremos os serviços abertos, no fim do dia buscamos é praticidade", analisa Anderson.
Se for preciso pagar pelo conforto de ter um filme à mão com um simples clique, diante de um cardápio vasto e bem organizado, muitos pagarão, defende Anderson.
A aposta dos investidores que colocam o Brasil no radar é que, conforme as conexões em altíssima velocidade, as TVs com internet e os smartphones forem se espalhando pelo mundo, se espalhem também esse serviços.

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Carta de Repúdio | por MPL, Bloco ANEL às Ruas e Coletivo Gestor do espaço Ay Carmela

Le criminel fin-de-siècle: psiquiatrização da anarquia no século XI

A partir da Conferência Internacional pela Defesa Social contra os Anarquistas de 1898, 
este artigo descreve o impasse judiciário do Direito Penal na definição do crime de anarquismo no 
fim do século XIX. Através desse impasse, a psiquiatria e a antropologia criminal irrompem no 
interior do Direito Penal exercendo influência decisiva na configuração da escola de Defesa Social 
responsável por conferir ao problema repressivo um novo ângulo.
Palavras-chaves: anarquismo, violência, crime, defesa social

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AMIGOS...