quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Bivar: Sim, isso era mais espontâneo lá atrás. Agora voltou um complexo de inferioridade muito forte nas pessoas, de classe, por causa exclusivamente de dinheiro, uma coisa que eu vejo muito em São Paulo e que machuca muito. Antes ninguém fazia quest

Agora existe esse isolamento…

Eu me lembro, por exemplo, de conversar longamente com o filho que a Elizabeth Taylor teve com o Michael Wilding. Era um hippie bem remendado. Na Inglaterra dos anos 60 a gente se internava nos “ashrams” (retiro hinduísta) e ficava do lado da princesa não sei de onde e de gente riquíssima, mas ninguém ligava muito para isso.

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"Taniko", "Cacilda!!", "Bacantes" e "Banquete"


Oficina apresenta repertório em São Paulo

Conjunto formado por sede da companhia e construção temporária se aproxima do projeto original de Bo Bardi 

LUCAS NEVES
DE SÃO PAULO 

Acabou o drama, findou a novela. Quem pontifica é o diretor José Celso Martinez Corrêa, em referência à peleja de 30 anos de seu Teatro Oficina com o Grupo Silvio Santos pela ocupação do entorno do prédio que abriga a trupe, no centro paulistano.
O confronto teve um "cessar-fogo" com o empréstimo à companhia, até 31 de dezembro, do terreno em volta do prédio, que pertence ao empresário. Ali, será realizado a partir de hoje o minifestival de repertório Dionisíacas.
Martinez afirma que o grupo não vai usar a brecha da cessão temporária da área vizinha para tentar impor uma ocupação definitiva. "É muito caro manter o aluguel da tenda, dos equipamentos de luz por mais tempo." Mas reconhece aguardar uma decisão do Ministério da Cultura (MinC) sobre a desapropriação ou compra do perímetro.
Nesta noite, quando o diretor "dissolver" a parede que bloqueia a saída dos fundos do edifício, dará o passo mais concreto até aqui rumo à finalização do projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi e Edson Elito -que previa a construção de um "teatro de estádio" atrás do Oficina que se conhece atualmente.
A escolha do verbo entre aspas do parágrafo anterior é do próprio encenador, temeroso da reação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que tombou o imóvel neste ano, e dos humores do Grupo Silvio Santos, dono .
Da prancheta de Bo Bardi e Elito saiu, no começo dos anos 80, um croqui que esboçava, numa das extremidades da passarela de terra e pranchas de madeira que é a marca do edifício, uma grande abertura para o exterior. Esta revelaria, à direita, uma arquibancada coberta de 500 lugares a contemplar um palco a céu aberto de 600 m2, em cujas laterais haveria marquises e rampas.
O complexo teatral não saiu por completo do papel por conta das disputas sucessivas entre o Oficina e a corporação de Silvio Santos. Agora, funciona ali um estacionamento dessa última, deslocado temporariamente a fim de liberar a área para o evento do grupo de Martinez.

PORTA FECHADA
O Oficina diz que a referida passagem do "dentro" para o "fora" foi fechada pelo antagonista em 2007. Eduardo Velucci, diretor operacional da Sisan Empreendimentos (construtora do Grupo Silvio Santos), nega. "O prédio pertence à Secretaria de Estado da Cultura. Toda alteração deve ser solicitada a ela. Não temos nada a ver com isso."
O que o conglomerado fez, segundo Velucci, foi fechar um buraco, "pelo nosso lado do muro de divisa, aberto por uma pessoa do teatro que caiu de uma altura de pelo menos cinco metros em cima de um carro, danificou o automóvel e a cobertura do estacionamento. Não intervimos no prédio".
Na abertura das Dionisíacas, hoje, Martinez e o elenco do Oficina conduzirão o público pela rua-passarela, antes de abrir a tal passagem, circundar o prédio e adentrar a tenda levantada numa posição que forma um "L" com a sede da companhia. A estrutura, que comporta 2.000 pessoas, passou desde maio por sete capitais do país.
O MinC destinou R$ 7 milhões à turnê. O Oficina pediu um adicional para o apêndice paulistano, não previsto originalmente. Segundo o grupo, o ministério liberou R$ 452 mil. A pasta informa que o termo aditivo está em fase final de análise.
"São quatro dias de Carnaval", descreve Martinez. "Começa com "Taniko", uma viagem delicada, de 1h30. Depois, vem "Cacilda!!" e toda aquela geração que modernizou o teatro brasileiro: Nelson Rodrigues, Dulcina de Moraes, Jardel Filho... "Bacantes", no terceiro dia, é nosso maior sucesso."

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Não! Em adolescente eu lia “A Carne”, do Júlio Ribeiro, da biblioteca de um tio, enquanto me masturbava trepado em uma jabuticabeira da fazenda.

Bivar: Gostei de entrevistar, durante vários dias, a Cassandra Rios. Foi para a revista feminina “Nova”, em 80, mas acabou não saindo, porque os editores acharam que eu só colocava a Cassandra para cima. A Cassandra escrevia bem. Li quase todos os livros dela antes de fazer a entrevista. Ela também morava no centro, na rua Cesário Motta Jr., num apartamento pequeno como uma casa de bonecas. Mas sempre escondia o lado gay e dissimulava, apesar de estar sempre em companhia de uma moça chamada Vera.

Quem também gostava de ler as coisas dela era o Jorge Amado. Outro que gostava era o autor do livro “Como Era Verde o Meu Vale”, o galês Richard Llewellyn, que morou no sul do Brasil e foi publicado pela editora Globo. Esse livro foi comprado pela Metro, que filmou com direção de John Ford, em 1941. Na infância eu adorava o filme, que citei num título de um livro: “Verdes Vales do Fim do Mundo”.

Mas, voltando à Cassandra, eu dirigi o show “Drama” da Maria Bethânia, em 73. A Bethânia adorava a Cassandra, que estava na lista de convidados da estréia do espetáculo em São Paulo. A escritora chegou com um pacote de suas novas edições, todas best sellers, e a Bethânia, que quando era adolescente lia escondido os seus livros na Bahia, ficou felicíssima.

Nós também líamos a Cassandra escondido…

Bivar: Não! Em adolescente eu lia “A Carne”, do Júlio Ribeiro, da biblioteca de um tio, enquanto me masturbava trepado em uma jabuticabeira da fazenda.

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Scontri a Roma: videoshock forze dell'ordine

ASSEMBLÉIA RÍTMICA DE PINHEIROS & DADA RADIO AO VIVO!

O novo projeto de Mauricio Takara – Assembleia Ritmica de Pinheiros –
consiste num grupo com formação e instrumentação abertas e com membros
de bandas como Hurtmold, M.Takara 3, Trio Esmeril, Naaxtro e Bodes e
Elefantes. As composições (que apesar de fortemente influenciadas pelo
free jazz, ritmos regionais e pelo rock [...]

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Editora Achiamé

Michel Foucault

Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável! Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que, a partir disso, é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal. 

achiamé online

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AMIGOS...