terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Artistas de rua protestaram

Artistas de rua protestaram ontem na avenida Paulista contra a Prefeitura de São Paulo, acusando-a de coibir o trabalho deles. No mês passado, o guitarrista Rafael Pio chegou a ser preso em uma operação.
Segundo o artista Celso Reeks, um dos organizadores do protesto, o problema surgiu com o início da chamada Operação Delegada, na qual policiais militares atuam, nas horas de folga, no combate a camelôs e recebem um salário extra para isso.
"A Operação Delegada tem como alvo os ambulantes que fazem comércio ilegal na rua. Não sei como a prefeitura conseguiu achar uma brecha para enquadrar os artistas de rua nisso", afirmou.
Em nota, a Secretaria das Subprefeituras informou que artistas de rua podem atuar livremente, desde que não vendam produtos como CDs.
Reeks, no entanto, afirma que até artistas que não têm trabalhos gravados são alvo, como, diz, Rafael Pio.(EVANDRO SPINELLI)

Artistas protestam na Paulista contra fiscalização da prefeitura: fotos

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Artistas protestam na Paulista contra fiscalização da prefeitura

DE SÃO PAULO

Artistas de rua protestaram ontem na avenida Paulista contra a Prefeitura de São Paulo, acusando-a de coibir o trabalho deles. No mês passado, o guitarrista Rafael Pio chegou a ser preso em uma operação.
Segundo o artista Celso Reeks, um dos organizadores do protesto, o problema surgiu com o início da chamada Operação Delegada, na qual policiais militares atuam, nas horas de folga, no combate a camelôs e recebem um salário extra para isso.
"A Operação Delegada tem como alvo os ambulantes que fazem comércio ilegal na rua. Não sei como a prefeitura conseguiu achar uma brecha para enquadrar os artistas de rua nisso", afirmou.
Em nota, a Secretaria das Subprefeituras informou que artistas de rua podem atuar livremente, desde que não vendam produtos como CDs.
Reeks, no entanto, afirma que até artistas que não têm trabalhos gravados são alvo, como, diz, Rafael Pio.(EVANDRO SPINELLI)

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Docentes são acusados de burlar exclusividade

Segundo Ministério Público Federal, 20 professores da Unifesp tinham outras atividades

LAURA CAPRIGLIONE
DE SÃO PAULO

Vinte docentes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) foram acusados pelo Ministério Público Federal de improbidade, enriquecimento ilícito, dilapidação de patrimônio público e atentato aos princípios da administração pública.
Fiscalização do Tribunal de Contas já havia apontado os 20 professores como violadores do regime de dedicação exclusiva "ao qual voluntariamente aderiram".
Basicamente, a universidade possui três regimes de trabalho: 1) dedicação exclusiva; 2) 40 horas semanais sem exclusividade; 3) tempo parcial de 20 horas.
Pelo compromisso que impõe, o regime de dedicação exclusiva prevê remuneração maior. Atividade envolvendo outros recebimentos precisam ser autorizadas pela universidade.
Entre as acusações contra professores, há a de manter consultórios particulares, lecionavar em outras instituições e gerir órgãos de saúde externos à Unifesp.
Ainda segundo as acusações, nove docentes, além de violar a exclusividade, se dedicavam à gerência, administração ou representação técnica de sociedades comerciais, o que é vedado pelo Estatuto do Servidor Federal.
Os procuradores da República Sergio Gardenghi Suiama e Sônia Maria Curvelo pedem que os professores sejam condenados a ressarcir o dano apurado, a perder o cargo de docentes da Unifesp, à suspensão dos direitos políticos por até dez anos, a pagar multa de até três vezes o valor da vantagem indevidamente recebida.
Pedem também que os acusados sejam proibidos de fazer contratos com o poder público durante o prazo de dez anos.
A Procuradoria avalia que o prejuízo ao erário envolvido nas três ações seja da ordem de R$ 1,4 milhão.

APURAÇÃO
Em nota, a Unifesp afirmou que "não pode ser responsabilizada por atos pessoais de seus servidores, que devem seguir a legislação pertinente aos servidores públicos federais, o Estatuto do Funcionário Público, cujo acesso e consulta é livre a qualquer cidadão".
Segundo a universidade, "nenhum dos 20 professores solicitou prévia autorização" para exercer atividades remuneradas extracampus.
A Unifesp informa ainda ter aberto processos administrativos disciplinares para apuração dos fatos.
Os docentes ainda poderão contestar as acusações.

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