REVISTA BRASILEIRA DE CIENCIAS SOCIAIS. RBCS VOL. 25 N. 74 OUTUBRO, 2010.
ISSN 0102-6909
NILDO AVELINO
"Por que acreditamos no governo? Do que procede, na sociedade humana, essa ideia de autoridade, de poder; essa ficcao de uma pessoa superior, chamada Estado? Como se produz essa ficcao? Como se desenvolve? Qual e sua evoluçao, sua economia? [...] Nao seria [o governo] uma daquelas concepcoes primevas de nosso entendimento?" ( Proudhon, p. 15).
Em suma, de onde provem a predisposicao mental que fez com que
"as revolucoes mais liberadoras e as efervescencias de liberdade terminassem constantemente com um ato de fe e de submissao ao poder?"(Proudhon, 1979, p. 87). Provem da forca de uma ideia: o principio de autoridade. Essa resposta valeu a Proudhon o epiteto de idealista e metafisico. Nao obstante, dedicou uma parte substancial da sua obra para demonstrar a força de impulsao do principio de autoridade no exercicio do governo.
Sabado 11/06 - 16h
Foucault e a potencia da retorica, com Nildo Avelino
Rua General Jardim, 253 sala 22
São Paulo Michel Foucault
Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável! Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que, a partir disso, é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal. §§§ Brochura com 130 páginas, no formato 14x21cm.do Governo dos Vivos...
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