Deputado, porém, nega ser racista; Câmara abre processo para investigar declarações dadas em programa de TV Para tentar mostrar que não tem preconceito em relação aos negros, ele afirma que sua mulher é "afro" e o sogro, "negão" DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO Irritado com a repercussão de suas declarações a um programa de TV, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou à carga ontem ao ser questionado se é homofóbico.
"Estou me lixando para esse pessoal aí", disse, após acompanhar o velório do ex-vice-presidente José Alencar.
"Agora criaram a Frente Gay [na Câmara]. O que esse pessoal tem para oferecer? Casamento gay? Adoção de filhos? Dizer pra vocês, jovens, que se tiverem um filho gay é legal, vai ser o orgulho da família? Esse pessoal não tem nada a oferecer."
Na segunda-feira, a cantora Preta Gil perguntou no programa "CQC", da TV Bandeirantes, como o deputado reagiria se seu filho se apaixonasse por uma negra.
"Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu", respondeu Bolsonaro.
O deputado, porém, diz que entendeu errado a pergunta. Afirmou que, na realidade, pensou que a cantora se referia a um relacionamento homossexual.
A lei brasileira pune crimes de racismo com penas de até cinco anos de reclusão. Não versa, porém, sobre homofobia -nesse caso, ofensas podem ser enquadradas no crime de injúria, com pena de até seis meses de detenção.
Bolsonaro afirma que não é racista. "Minha mulher é afro e meu sogro é negão."
A Câmara já abriu processo para investigá-lo. O presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), enviou à Corregedoria-Geral cinco representações por quebra de decoro.
Após ser notificado, Bolsonaro terá cinco dias para se defender. A decisão da Corregedoria será depois enviada à Mesa Diretora da Câmara, que poderá encaminhar o caso ao Conselho de Ética, podendo iniciar um processo de cassação do mandato.
DE SÃO PAULO Irritado com a repercussão de suas declarações a um programa de TV, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou à carga ontem ao ser questionado se é homofóbico.
"Estou me lixando para esse pessoal aí", disse, após acompanhar o velório do ex-vice-presidente José Alencar.
"Agora criaram a Frente Gay [na Câmara]. O que esse pessoal tem para oferecer? Casamento gay? Adoção de filhos? Dizer pra vocês, jovens, que se tiverem um filho gay é legal, vai ser o orgulho da família? Esse pessoal não tem nada a oferecer."
Na segunda-feira, a cantora Preta Gil perguntou no programa "CQC", da TV Bandeirantes, como o deputado reagiria se seu filho se apaixonasse por uma negra.
"Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu", respondeu Bolsonaro.
O deputado, porém, diz que entendeu errado a pergunta. Afirmou que, na realidade, pensou que a cantora se referia a um relacionamento homossexual.
A lei brasileira pune crimes de racismo com penas de até cinco anos de reclusão. Não versa, porém, sobre homofobia -nesse caso, ofensas podem ser enquadradas no crime de injúria, com pena de até seis meses de detenção.
Bolsonaro afirma que não é racista. "Minha mulher é afro e meu sogro é negão."
A Câmara já abriu processo para investigá-lo. O presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), enviou à Corregedoria-Geral cinco representações por quebra de decoro.
Após ser notificado, Bolsonaro terá cinco dias para se defender. A decisão da Corregedoria será depois enviada à Mesa Diretora da Câmara, que poderá encaminhar o caso ao Conselho de Ética, podendo iniciar um processo de cassação do mandato.