sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Patrícia Galvão (1910-1962) - PAGU

São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2010 


Monólogo cria encontro íntimo entre Pagu e os espectadores

"Dos Escombros de Pagu" resgata utopias da escritora e jornalista

GABRIELA MELLÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA 

Augusto de Campos fez uma provocação ao escrever em sua "Antologia Poética": "Quem resgatará Pagu?".
Questionava o silêncio existente em torno da escritora e jornalista Patrícia Galvão (1910-1962), que lutou contra a ditadura, foi a primeira presa política do Brasil e, com encantos que fizeram dela a musa dos modernistas, roubou Oswald de Andrade de Tarsila do Amaral.
"Temos uma dívida com Pagu", diz a historiadora Tereza Freire que, ao lado do diretor Roberto Lage e da atriz Renata Zhaneta, apresenta "Dos Escombros de Pagu", monólogo adaptado de sua tese de doutorado.
O espetáculo é concebido como um encontro íntimo entre Pagu e os espectadores.
"É como se ela voltasse para dar seu depoimento, já com um entendimento do que passou", explica Renata.
A atriz vive Pagu e, assim como ela, nasceu no interior, cresceu em Santos, foi comunista ferrenha e entendeu a arte como "uma trincheira poderosa de reforma social".
"Pagu estava à frente de seu tempo. Nos anos 1920 brigava não pelo voto feminino, mas pelo direito ao voto. Sua luta foi ampla", diz Lage.
Ao mesmo tempo em que resgata a memória de Pagu, a peça relembra a importância da utopia. "O maior legado de Pagu é a crença no sonho que busca transformação.
Não dá para sonhar só com a casa própria", diz Renata.

DOS ESCOMBROS DE PAGU
QUANDO qua. e qui., às 21h.
ONDE Teatro Eva Herz - Livraria Cultura (av. Paulista, 2.073, tel. 0/xx/11/3170-4059)
QUANTO R$ 30
CLASSIFICAÇÃO 14 anos

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