sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Mostra de Direitos Humanos abre hoje

Evento presta homenagem ao ator argentino Ricardo Darín e exibe produções de dez países da América do Sul

Sessões são gratuitas e reúnem desde o clássico "A Batalha do Chile", de Guzman, até "Abutres", novo filme de Trapero 

ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO 

O chamariz será a presença do ator argentino Ricardo Darín num debate na Cinemateca, amanhã.
Mas a razão principal de ser da 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos está nas frestas das imagens que serão projetadas nas telas do Cinesesc e da Cinemateca nos próximos dias.
O evento que percorrerá, além de São Paulo, outras 19 capitais brasileiras -Aracaju, Belo Horizonte, João Pessoa, Rio de Janeiro e Salvador entre elas- reúne 41 títulos representativos de dez países da América do Sul.
A curadoria do cineasta Francisco César Filho é, a um só tempo, estética e política. Seu olhar capturou temas, mas também modos de filmar e de enquadrar o mundo contemporâneo.
Exemplar dessa opção é o filme de abertura, "Abutres", que será exibido hoje à noite no Cinesesc. A produção dirigida por Pablo Trapero ("Família Rodante", "Leonera"), que tem sido definida como "noir", mostra uma sociedade de valores esgarçados.
Seu protagonista, Ricardo Darín, estará na sessão de hoje e participará de um debate amanhã. Darín, que tornou-se conhecido no Brasil com "O Filho da Noiva", de Juan José Campanella, é o homenageado desta edição.

IMAGENS POLITIZADAS
Questões latino-americanas por excelência, como o direito à terra, a exclusão social e os povos indígenas atravessam algumas das produções. Mas há também imagens de refugiados, de negros e de presidiários. Isso sem falar na política e nas marcas que as ditaduras deixaram nos países da região.
A retrospectiva histórica, organizada sob o tema "Direito à Memória e à Verdade", trará clássicos que fizeram a cabeça dos intelectuais, como "A História Oficial" (1985), de Luís Puenzo, e a segunda parte de "A Batalha do Chile" (1977), de Patrício Guzman, e sucessos de público, como "Pra Frente Brasil", (1982), de Roberto Farias.
Imagens vindas da Colômbia ("Rosita Não se Desloca", de Alessandro Acito e Leonardo Valderrama), do Paraguai ("108", de Renate Costa) e do Uruguai ("O Quarto de Leo", de Enrique Buchichio) desembarcarão no Brasil.
As sessões, todas gratuitas, ocorrem de hoje a 25/ 11 no CineSesc, e de amanhã até 25/11, na Cinemateca. Em todas as cidades, haverá audiodescrição e closed caption.

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