sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Imagem contradiz acusados sobre ataque na Paulista

Gravação de câmera de um prédio mostra que, em pelo menos uma das três agressões, eles atacaram sem motivo

Advogados dos cinco suspeitos alegam que eles só se defenderam em meio a uma briga que não começaram

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Imagens de câmeras de um prédio na avenida Paulista desmontaram a versão de que os cinco rapazes de classe média acusados de atacar quatro jovens só haviam se defendido de uma briga que não partiu deles.
Um vídeo exibido ontem pelo telejornal "SBT Brasil" mostra que, em pelo menos uma das três agressões de que os jovens são acusados de participar, eles atacaram sem motivo nenhum.
Por volta das 6h, Luís, 23, surge em cena, acompanhado de seus dois amigos, andando devagar pelo passeio. Os cinco jovens -quatro de 16, um de 17 e um de 19 anos- chegam em sentido contrário, um deles carregando duas lâmpadas fluorescentes grandes, comumente usadas em escritórios.
De repente, sem que Luís tivesse nem sequer olhado para o rapaz, ele é atingido na cabeça por uma das lâmpadas, que estoura. Ele para, coloca a mão na cabeça, e é atingido mais uma vez, pela segunda lâmpada, no braço.
Dessa vez, reage: corre em direção ao agressor, que insiste num terceiro golpe com a lâmpada. As cenas fogem do visor da câmera.
Depois, um segurança de uma loja sai em direção aos agressores, que fogem.
O principal argumento dos pais ouvidos pela Folha no domingo, dia da agressão, é que todos os jovens bateram e apanharam igualmente. O advogado Orlando Machado chegou a dizer que eles responderam a um flerte de uma das vítimas e que a lâmpada foi usada como defesa.
Ontem, o pai do jovem de 17 anos disse que não estava sabendo das imagens, mas que, de toda forma, era orientado pelo advogado a não comentar mais o caso.
A Folha deixou três recados nos celulares de Machado, que não atendeu.
O advogado Alexandre Dias Afonso nega que sejam os jovens no vídeo, apesar de dizer que não assistiu às imagens. "Não há nenhuma peritagem para provar que sejam eles ou não, é especulativo." O advogado Fernando Dias Afonso assistiu ao vídeo, mas não comentou.

FOLHA.com
Veja as imagens da agressão
folha.com/mm832798

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