sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Autora defendeu Monteiro Lobato na abertura do evento, ontem

Escritor tem que ter humor, diz Lygia Fagundes Telles na Balada

Autora defendeu Monteiro Lobato na abertura do evento, ontem 

MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO 

Sob intensos aplausos, a escritora Lygia Fagundes Telles, 87, abriu ontem pela manhã a 5ª edição da Balada Literária, que ocorre nos arredores da Vila Madalena, na Zona Oeste de São Paulo.
Bem-humorada, ela conversou com o público na Livraria da Vila, ao lado da jornalista Mona Dorf e do escritor Nelson de Oliveira.
"Os escritores têm mania de reclamar, vivem se lamentando. Machado de Assis era preto, pobre, gago, epiléptico e nunca perdeu o humor. Tem que ter humor", disse.
A autora, que recentemente fraturou a perna, ironizou sua saúde e elogiou Marcelino Freire, organizador da festa. "Soube que a Balada não tem patrocínio oficial. Se eu tivesse um banco, eu te ajudava, Marcelino", brincou.
Em tom sério, protestou contra a recente recomendação do CNE (Conselho Nacional de Educação) para que não se distribuam em escolas públicas "Caçadas de Pedrinho", de Monteiro Lobato, sob alegação de que o livro é racista. "É censura. Lobato é um escritor fundamental."

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