terça-feira, 9 de novembro de 2010

Centro de Cultura Social

27/11/10, sábado 16h

Lançamento: Malatesta. Biografia ilustrada de um símbolo do anarquismo italiano. Desenhos de Fabio Santin, texto de Elis Fraccaro, posfácio de Nildo Avelino. Tradução de Maria Ling e Nildo Avelino. Editora Robson Achiamé [21x28cm - 106p].

"Que os escritos de Malatesta não tenham conhecido até os dias de hoje uma edição completa, mostra que sua produção reflexiva não goza do mesmo estatuto de um Proudhon, um Bakunin ou mesmo de seu amigo Kropotkin. Dir-se-ia que seu pensamento não alçou a mesma altura, que seria teoricamente inferior. Talvez, mas contra isso pode-se dizer que um pensamento não retira sua força da teoria; e que se Proudhon, Bakunin e Kropotkin soam mais familiares aos ouvidos é por que foram filosoficamente e cientificamente melhor adequados à nossa cultura universitária: estão mais em conformidade às nossas exigências de homens teóricos. (...) Mas o que aconteceria se a linha que separa teoria e prática fosse ultrapassada? Não existiria subjacente em toda ação um pensamento e em todo pensamento uma potência do agir? (...) Para Malatesta, se “tudo se explica com teorias”, no entanto, “o que determina a conduta real é a vida, que triunfa e ri de todas as teorias.” (...) Mas como conciliar a negação da autoridade da Razão com “a forte esperança de realizar um ideal de liberdade, justiça e fraternidade humana?”. A resposta de Malatesta foi também o título de um importante jornal que ele dirigiu na cidade de Ancona: Volontà" ("Posfácio", Nildo Avelino).

GOVERNAMENTALIDADE E ANARQUELOGIA EM MICHEL FOUCAULT
REVISTA BRASILEIRA DE CIENCIAS SOCIAIS. RBCS VOL. 25 N. 74 OUTUBRO, 2010.
Por que acreditamos no governo?  Do que procede, na sociedade humana, essa ideia de autoridade, de poder; essa ficcao  de uma pessoa superior, chamada Estado? Como se produz essa ficcao? Como se desenvolve? Qual e sua evoluçao, sua economia?  [...] Nao seria [o governo] uma daquelas concepcoes primevas de nosso entendimento? 
( Proudhon, p. 15).

Michel Foucault

Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável! Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca do poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que, a partir disso, é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado no direito nem na necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal. §§§ Brochura com 130 páginas, no formato 14x21cm.

R$ 28,00 

Editora achiamé - Cultura Libertária

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