sábado, 2 de julho de 2011

SP usa sem-teto no trânsito e os treina para ser guias

Alessandro Shinoda/Folhapress
A ex-sem-teto Maria Francisca orienta motoristas na rua Augusta; ela supervisiona um grupo de monitores de trânsito 

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO 

Moradores de rua, que hoje já ajudam na travessia de pedestres, serão treinados para atuar como guias de turismo no centro de São Paulo.
O primeiro curso vai reunir 30 pessoas que moram hoje em albergues da região central. Eles foram selecionados entre aqueles que não consomem mais drogas e álcool.
O curso deve começar no próximo mês. Durante o treinamento, de seis meses, os sem-teto receberão um auxílio mensal de R$ 381,50.
Depois de treinados, poderão integrar algum projeto da prefeitura ou buscar emprego como funcionários de agências de turismo.
Haverá aulas sobre a função de um guia turístico, os pontos turísticos do centro e a história de São Paulo.
A ideia do projeto é requalificar pessoas em situação de "vulnerabilidade social" para que elas possam voltar ao mercado de trabalho.
É isso que está sendo feito com os moradores de rua do programa de proteção ao pedestre. Hoje são 76 pessoas orientando pedestres e motoristas nas esquinas.
Maria Francisca da Silva Neta, 48, já habitou moradias provisórias da prefeitura e hoje supervisiona um grupo de dez monitores de trânsito do programa de proteção ao pedestre. Entre seus supervisionados estão sete sem-teto, moradores de albergues.
"Foi esse trabalho que me deu estrutura para que eu fosse para minha casinha e terminasse o ensino médio."

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