Preso, acusado de agressão liderava grupo de neonazistas GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO "Eu tou montando a banca até aqui na cadeia." "Seja leal ao nosso ideal 88."
As frases são fragmentos de uma carta que Guilherme Witiuk Ferreira de Carvalho, 21, o Chuck, escreveu a um amigo quando estava preso por formação de quadrilha em 2009, mesmo ano em que foi acusado de explosão durante a Parada Gay de SP.
Neonazista, ele é um dos cinco presos suspeitos de agredir quatro pessoas no domingo passado em São Paulo.
Segundo a sentença que o condenou a dois anos e quatro meses de prisão, em 17 de setembro de 2010, Carvalho é líder da Impacto Hooligan, grupo que abomina homossexuais e nordestinos e venera o nazismo, de Adolf Hitler.
A repetição do número 8 significa a saudação nazista "Heil, Hitler" -o H é a oitava letra do alfabeto.
Na carta, ele cobra fidelidade dos colegas de facção e dá ordens ao grupo.
O jovem se identifica como Chuck 98 -o numeral significa Impacto Hooligan na sequência alfabética.
Carvalho cursa engenharia numa faculdade particular da capital. Em abril, participou de ato em favor de Jair Bolsonaro (PP-RJ), deputado acusado de preconceito contra gays e negros.
Antes da condenação, o jovem foi detido várias vezes, acusado de crimes raciais.