segunda-feira, 11 de abril de 2011

16/04, sábado , no CCS - conversação com Aline Bagetti

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Centro de Cultura Social

convida

16 de abril de 2011, 

sábado às 16:00h
"Como afirmar a vida e abrir passagens na linha que constitui um corpo em mulher"

com Aline Bagetti

 

 

Aline Bagetti - possui Graduação em Pedagogia, Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente as pesquisas e as intervenções estão relacionadas aos seguintes temas: mulher e cinema, micropolítica, processos de subjetivação, filosofia da diferença e devir-mulher; como possibilidades para pensar os processos de formação de educadoras e educadores. 

Compartilho algumas inquietações com o auxílio bibliográfico de Maria Lacerda de Moura (1887-1945) considerando a seguinte pergunta: como a mulher torna-se o que é? Na direção dessa pergunta trago para o debate cenas do filme O Enigma de Kaspar Hauser para por em movimento essa linha de constituição dura, formada pela pedagogia calcada na lógica do capitalismo da sociedade, que formou e educou algumas mulheres para a submissão, para a escravidão ao lar e para a disponibilidade em servir o que quer que seja de forma voluntária. Depois desta questão, torna-se interessante perguntar, se essa escravidão não tomou outras formas, como no caso a escravidão pelo salário e a reivindicação de direitos a partir de uma macropolítica constituída. Para isso, desejo movimentar o pensamento a respeito do dispositivo educacional que opera na sociedade e que aloca a mulher na casa ou prestando serviços nos prostíbulos. Dois lugares dados, que abrem espaço para que apareça uma noção que pretendo colocar em funcionamento no interior deste trabalho, a noção de mulherzinha. Escravidão ao lar e a da maternidade imposta junta-se a outra escravidão, a do salário. Para Maria Lacerda de Moura a mulher, sob o ponto de vista da lógica do capitalismo, é mais uma fonte de energia a ser explorada. Em contrapartida, problematizo o que não está dado para a mulher, para afirmar uma vontade e uma busca de viver o que não está posto. Escapar das classificações, como forma de recusa a uma política do pertencimento e da caridade, na lógica das macropolíticas. Abrir passagens para viver na perspectiva de um não-compactuar com discursos moralizantes e conservadores propiciados principalmente por profissionais especializados. Inventar-se. Apresentar outras idéias e práticas de vida experienciadas por Maria Lacerda de Moura como o amor plural, a maternidade consciente, a co-educação das crianças sem ter a pretensão de doutrinar ninguém. Pensar a noção de micropolítica como um novo tipo de relação que cria ligações móveis e não-localizáveis. Ativar um devir-mulher, em processo de subjetivação que não cabe num corpo constituído, tampouco num corpo biológico feminino.
 

Realização:

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