CRÍTICA DRAMA Peça "A Dócil", de Dostoiévski, tem direção inventiva e atuações brilhantes
CHRISTIANE RIERA
CRÍTICA DA FOLHA Dirigida com inventividade por Pedro Mantovani e interpretada pelos
brilhantes atores Dagoberto Feliz e Patrícia Gifford, "A Dócil" é uma
comovente e vigorosa adaptação da novela homônima do escritor russo
Fiódor Dostoiévski (1821-1881).
Ainda distraído à frente do Galpão do Folias, o público se assusta com
o barulho de uma santa que se espatifa.
A cena simboliza o suicídio de uma jovem de 16 anos, ato misterioso
que conduzirá seu marido a uma investigação da relação entre eles e,
por consequência, ao inferno de si mesmo.
No início, ela queria apenas penhorar objetos para pagar um anúncio de
emprego em jornal.
Ele é um agiota mais velho, que lhe oferece um valor mais alto e se
apresenta "com as mesmas palavras de Mefistófeles".
É impressionante a precisão dos movimentos de Dagoberto Feliz, que
passa do afobamento à falta de fôlego dos culpados em interpretação
memorável.
Patrícia Gifford, atriz de porte frágil, está perfeita como seu objeto
de afeto. Consegue atuar como se fosse a fantasia projetada do marido
e ainda deixa resvalar a angústia que corre por dentro de sua
personagem.
Desse eixo amoroso impregnado de força emotiva ainda saltam complexas
relações sociais, em alguns momentos de grande riqueza cênica, até uma
reveladora cena final quase insuportável de tão aflitiva. A DÓCIL
QUANDO de sex. a dom., às 18h; até 19/12
ONDE Galpão do Folias (r. Ana Cintra, 213; tel. 0/xx/11/3361-2223)
QUANTO R$ 30
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO ótimo
CHRISTIANE RIERA
CRÍTICA DA FOLHA Dirigida com inventividade por Pedro Mantovani e interpretada pelos
brilhantes atores Dagoberto Feliz e Patrícia Gifford, "A Dócil" é uma
comovente e vigorosa adaptação da novela homônima do escritor russo
Fiódor Dostoiévski (1821-1881).
Ainda distraído à frente do Galpão do Folias, o público se assusta com
o barulho de uma santa que se espatifa.
A cena simboliza o suicídio de uma jovem de 16 anos, ato misterioso
que conduzirá seu marido a uma investigação da relação entre eles e,
por consequência, ao inferno de si mesmo.
No início, ela queria apenas penhorar objetos para pagar um anúncio de
emprego em jornal.
Ele é um agiota mais velho, que lhe oferece um valor mais alto e se
apresenta "com as mesmas palavras de Mefistófeles".
É impressionante a precisão dos movimentos de Dagoberto Feliz, que
passa do afobamento à falta de fôlego dos culpados em interpretação
memorável.
Patrícia Gifford, atriz de porte frágil, está perfeita como seu objeto
de afeto. Consegue atuar como se fosse a fantasia projetada do marido
e ainda deixa resvalar a angústia que corre por dentro de sua
personagem.
Desse eixo amoroso impregnado de força emotiva ainda saltam complexas
relações sociais, em alguns momentos de grande riqueza cênica, até uma
reveladora cena final quase insuportável de tão aflitiva. A DÓCIL
QUANDO de sex. a dom., às 18h; até 19/12
ONDE Galpão do Folias (r. Ana Cintra, 213; tel. 0/xx/11/3361-2223)
QUANTO R$ 30
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO ótimo