Jovens são presos acusados de agressão por racismo Grupo de skinheads, segundo a polícia, agrediu 4 pessoas com socos e chutesAutuados em flagrante, os 5 rapazes foram indiciados sob suspeita de injúria racial e tentativa de homicídio
Dois dos 5 acusados de agredir 4 pessoas na zona sul DE SÃO PAULO
DO "AGORA"Apontados pela polícia como skinheads, cinco jovens de classe média, entre 18 e 21 anos, foram presos em flagrante na madrugada de ontem acusados de agredir quatro pessoas na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.
O crime pode ter tido motivação racial, segundo a polícia. As quatro vítimas, agredidas com socos e chutes, relataram ter sido ofendidas com expressões como "seus negros", "nordestinos filhos da puta" e "seus zumbis".
Os acusados gritavam ainda "somos skinheads e vamos matar vocês", conforme o boletim de ocorrência registrado no 5º DP (Aclimação).
Dois agentes da 1ª Delegacia Seccional (centro) faziam ronda na região quando flagraram a ação, na altura do número 1.420 da rua Vergueiro, por volta da 1h. WHITE POWER
Com o grupo, foram apreendidos três machados, quatro facas, dois facões, um punhal, uma caneta com ponta dupla e um soco inglês.
Também havia uma camiseta com os dizeres "white pride" (orgulho branco, em inglês) -White Power (poder branco) é o nome de uma das gangues conhecidas em São Paulo, que usa o slogan "White power, white pride!".
O bombeiro civil Welker Oliveira Guerreiro, 19, o estudante de engenharia Guilherme Witiuk de Carvalho, 21, o embalador Pedro Toledo de Souza, 19, e os estudantes Julio Ramon de Lima, 21, e Kauê Baldon Barretto, 18, foram autuados em flagrante e indiciados sob suspeita de tentativa de homicídio, formação de quadrilha e injúria racial.
A Folha não conseguiu falar com advogados dos suspeitos. Familiares de dois deles foram contatados, mas não quiseram se manifestar.MINAS E SÃO PAULO
Três das quatro vítimas são negras ou mulatas, segundo a polícia: Carlos Eduardo Lesbão de Carvalho, 31, Samuel Alexandre de Oliveira, 34, e Júlio César Marques Afonso, 20.
Também foi agredida Aline Cristiane de Souza, 21, estudante, identificada no boletim policial como branca.
Nenhum deles é nordestino. Um nasceu em Passos (MG); os demais, em São Paulo. A reportagem não conseguiu localizá-los.
Oliveira, um dos agredidos, afirmou à policia que, quando os policiais chegaram, um dos rapazes, Welker, apontava-lhe uma faca.
A Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) já identificou 200 membros de 25 gangues de skinheads. Na delegacia, há cerca de 130 inquéritos envolvendo "crimes de ódio" -movidos pelo preconceito contra grupos sociais.
Rivaldo Gomes/Folhapress |
DO "AGORA"Apontados pela polícia como skinheads, cinco jovens de classe média, entre 18 e 21 anos, foram presos em flagrante na madrugada de ontem acusados de agredir quatro pessoas na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.
O crime pode ter tido motivação racial, segundo a polícia. As quatro vítimas, agredidas com socos e chutes, relataram ter sido ofendidas com expressões como "seus negros", "nordestinos filhos da puta" e "seus zumbis".
Os acusados gritavam ainda "somos skinheads e vamos matar vocês", conforme o boletim de ocorrência registrado no 5º DP (Aclimação).
Dois agentes da 1ª Delegacia Seccional (centro) faziam ronda na região quando flagraram a ação, na altura do número 1.420 da rua Vergueiro, por volta da 1h. WHITE POWER
Com o grupo, foram apreendidos três machados, quatro facas, dois facões, um punhal, uma caneta com ponta dupla e um soco inglês.
Também havia uma camiseta com os dizeres "white pride" (orgulho branco, em inglês) -White Power (poder branco) é o nome de uma das gangues conhecidas em São Paulo, que usa o slogan "White power, white pride!".
O bombeiro civil Welker Oliveira Guerreiro, 19, o estudante de engenharia Guilherme Witiuk de Carvalho, 21, o embalador Pedro Toledo de Souza, 19, e os estudantes Julio Ramon de Lima, 21, e Kauê Baldon Barretto, 18, foram autuados em flagrante e indiciados sob suspeita de tentativa de homicídio, formação de quadrilha e injúria racial.
A Folha não conseguiu falar com advogados dos suspeitos. Familiares de dois deles foram contatados, mas não quiseram se manifestar.MINAS E SÃO PAULO
Três das quatro vítimas são negras ou mulatas, segundo a polícia: Carlos Eduardo Lesbão de Carvalho, 31, Samuel Alexandre de Oliveira, 34, e Júlio César Marques Afonso, 20.
Também foi agredida Aline Cristiane de Souza, 21, estudante, identificada no boletim policial como branca.
Nenhum deles é nordestino. Um nasceu em Passos (MG); os demais, em São Paulo. A reportagem não conseguiu localizá-los.
Oliveira, um dos agredidos, afirmou à policia que, quando os policiais chegaram, um dos rapazes, Welker, apontava-lhe uma faca.
A Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) já identificou 200 membros de 25 gangues de skinheads. Na delegacia, há cerca de 130 inquéritos envolvendo "crimes de ódio" -movidos pelo preconceito contra grupos sociais.