Peça busca potência de obra de Camus
Junto à fatalidade do acaso, a presença do sol é a única explicação para o drama vivido pelo narrador de "O Estrangeiro" (1942), de Albert Camus (1913-1960), condenado não apenas por matar um árabe, mas por sua insensibilidade.
"O sol é um personagem da história. Queria contracenar com ele", diz Leme, que divide a direção com Vera Holtz, estreante no cargo.
Na representação desta que é uma das obras mais famosas da literatura universal, cuja estreia paulista acontece amanhã, o sol é aludido tanto quanto o cárcere.
Este último simboliza o local onde Meursault é enclausurado antes de sua execução. Composto por uma caixa de luz pendurada no teto e um tapete de madeira da mesma medida no piso, o cenário parece oprimi-lo.SOLO MINIMALISTA
A montagem apresenta Meursault vestindo-se para a morte. Extrai a essência do texto, adaptado pelo dinamarquês Morten Kirkskov, e a potência da palavra do escritor francês. "Contamos a história do jeito mais simples possível", fala Vera.
O solo minimalista retrata com sensibilidade este homem descrito por Camus como Cristo contemporâneo.
"A história deste homem que representa a impotência humana perante o acaso e descobre que só será feliz se aceitar o absurdo é também a do mundo", diz Leme.
Para ele, Meursault é o estrangeiro de todos os tempos: "Quem já não se sentiu estrangeiro e teve vontade de ser fiel a sua verdade até a morte?".
Hoje às 19h, Leme promove um debate sobre a obra de Camus na Livraria Cultura, no Conjunto Nacional. O evento é gratuito. O ESTRANGEIRO
ONDE Teatro Eva Herz - Livraria Cultura (av. Paulista, 2.073; tel. 0/xx/11/3170-4059)
QUANDO estreia amanhã; sex. e sáb, às 21h; dom., às 19h
QUANTO de R$ 40 a R$ 50
CLASSIFICAÇÃO 14 anosDEBATE
ONDE Livraria Cultura
QUANDO hoje, às 19hs
QUANTO grátis
Guilherme Leme vive o protagonista de "O Estrangeiro" na primeira montagem do clássico do escritor no Brasil
Espetáculo, que marca a estreia da atriz Vera Holtz na direção, traz solo minimalista sobre o absurdo e a morteGABRIELA MELLÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Junto à fatalidade do acaso, a presença do sol é a única explicação para o drama vivido pelo narrador de "O Estrangeiro" (1942), de Albert Camus (1913-1960), condenado não apenas por matar um árabe, mas por sua insensibilidade.
"O sol é um personagem da história. Queria contracenar com ele", diz Leme, que divide a direção com Vera Holtz, estreante no cargo.
Na representação desta que é uma das obras mais famosas da literatura universal, cuja estreia paulista acontece amanhã, o sol é aludido tanto quanto o cárcere.
Este último simboliza o local onde Meursault é enclausurado antes de sua execução. Composto por uma caixa de luz pendurada no teto e um tapete de madeira da mesma medida no piso, o cenário parece oprimi-lo.SOLO MINIMALISTA
A montagem apresenta Meursault vestindo-se para a morte. Extrai a essência do texto, adaptado pelo dinamarquês Morten Kirkskov, e a potência da palavra do escritor francês. "Contamos a história do jeito mais simples possível", fala Vera.
O solo minimalista retrata com sensibilidade este homem descrito por Camus como Cristo contemporâneo.
"A história deste homem que representa a impotência humana perante o acaso e descobre que só será feliz se aceitar o absurdo é também a do mundo", diz Leme.
Para ele, Meursault é o estrangeiro de todos os tempos: "Quem já não se sentiu estrangeiro e teve vontade de ser fiel a sua verdade até a morte?".
Hoje às 19h, Leme promove um debate sobre a obra de Camus na Livraria Cultura, no Conjunto Nacional. O evento é gratuito. O ESTRANGEIRO
ONDE Teatro Eva Herz - Livraria Cultura (av. Paulista, 2.073; tel. 0/xx/11/3170-4059)
QUANDO estreia amanhã; sex. e sáb, às 21h; dom., às 19h
QUANTO de R$ 40 a R$ 50
CLASSIFICAÇÃO 14 anosDEBATE
ONDE Livraria Cultura
QUANDO hoje, às 19hs
QUANTO grátis