sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Artistas fazem hoje ato contra Russomanno

DE SÃO PAULO

Após deflagrarem ruidosa ofensiva na web contra o candidato a prefeito Celso Russomanno (PRB) nas últimas semanas, artistas e agitadores culturais de São Paulo fazem hoje à noite, na região central, um ato chamado "Amor, Sim, Russomanno, Não!"

Os organizadores ocuparão a praça Roosevelt com "onda rosa-choque". E pedem que as pessoas usem a cor, escolhida por não representar partido e por ser associada ao amor.

Devem participar do ato as cantoras Gaby Amarantos, Karina Buhr, Lurdez da Luz e Andreia Dias e DJs.

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Campanha nas igrejas

NÃO EXISTE amor em São Paulo, caro Criolo, e a democracia também não passa muito bem. Uma disputa praticamente sem debate conduz a uma eleição atípica que saiu das ruas e se abrigou, de forma vergonhosa -como um vira-lata que encontra a porta aberta-, nos templos e igrejas.

Os gogós dos padres e dos pastores substituíram a oratória política e devem decidir, nas missas e nos cultos do próximo domingo, o destino da cidade. Pela ira santa de ontem no seu blog, o bispo Edir Macedo sentiu o golpe terreno da desconstrução da sua ovelha política Celso Russomanno (PRB) e vai tentar sacudir o rebanho. O voto como dízimo.

A entediante campanha eleitoral não é um fenômeno isolado. Pode ser apenas a consequência do processo de encaretamento que encontrou na era Kassab o mais perfeito papa-hóstia. Voltamos aos tempos do Jânio Quadros. Com menos talento dramático -nisso JQ era um gênio- e sem a sacanagem embriagada do marido da dona Eloá.

Covardemente, com o medo de perderem votos, Serra (PSDB) e Haddad (PT), ligados à tradição mais democrática que esteve unida nos palanques das Diretas-Já e nos maiores comícios da história da cidade, tudo pensam, nada falam. Como no "Último Desejo" do Noel Rosa.

São Paulo, caro Criolo, carece reaprender a fazer manifestos, como fazem você, Tom Zé e Mano Brown. Há mais política em um disco, sacado aleatoriamente em qualquer prateleira das Grandes Galerias, do que em toda a campanha eleitoral de 2012.

Essa onda de acreditar que São Paulo é só uma cidade conservadora também não é lá bem assim. Conservadora, vírgula. É a cidade onde o pau comeu com os operários anarquistas no começo do século passado, é a cidade da Semana de Arte Moderna de 1922, é a cidade mais roqueira do país, é a cidade aberta que recepciona as manifestações artísticas mais radicais feitas fora do eixo Rio-São Paulo etc.

É, caro Criolo, acabei fazendo uma crônica-comício. E já que a eleição virou uma guerra santa, só me resta seguir o conselho do amigo Groucho Marx: "Todo mundo precisa crer em algo. Creio que vou tomar um uísque".

XICO SÁ

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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Do Governo dos Vivos - Curso no Collège de France, 1979-1980 - Michel Foucault


Sinopse - Do Governo dos Vivos - Curso no Collège de France, 1979-1980 - Michel Foucault

Nenhum poder existe por si! Nenhum poder, qualquer que seja, é evidente ou inevitável" Qualquer poder, consequentemente, não merece ser aceito no jogo! Não existe legitimidade intrínseca no poder! E a partir dessa posição, a démarche consiste em perguntar-se o que é feito do sujeito e das relações de conhecimento no momento em que nenhum poder é fundado em direito ou em necessidade; no momento em que qualquer poder jamais repousa a não ser sobre a contingência e a fragilidade de uma história; no momento em que o contrato social é um blefe e a sociedade civil um conto para crianças; no momento em que não existe nenhum direito universal, imediato e evidente que possa, em todo lugar e sempre, sustentar uma relação de poder qualquer que ela seja. Vocês veem, portanto, que entre isso que se chama, grosso modo, a anarquia, o anarquismo e o método que eu emprego é certo que existe qualquer coisa como uma relação. (Michel Foucault)

Do Governo dos Vivos - Curso no Collège de France, 1979-1980 - Michel Foucault
Do Governo dos Vivos - Curso no Collège de France, 1979-1980 - Michel Foucault:

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